Por Rany Veloso
Ao mesmo tempo que o senador Marcelo Castro, presidente do MDB-PI, acredite que o melhor caminho para a base do governo do estado disputar as eleições seja com os nomes em um só partido, ele vê que isso não seria possível com o fim das coligações e se abre à possibilidade de se unir com o PSD em um acordo que pode unir todos os pré-candidatos à Câmara em um dos partidos e os [pré-candidatos] à Assembleia Legislativa no outro. Até porque ambos estão com dificuldade de montar uma chapa competitiva a federal.
As tratativas iniciaram nesta quarta-feira e hoje há um encontro em Brasília entre Castro e o deputado federal Júlio César, presidente estadual do PSD. O impasse é sobre qual das siglas irá abrigar os possíveis deputados federais. Júlio César defende que o seu partido abrigue os que vão disputar o Congresso Nacional. Isso porque é a bancada da Câmara que define o fundo partidário e o tempo de TV que cada um dispõe, interferindo diretamente no tamanho e representatividade do partido.
"O deputado Júlio César está propondo um acordo, que os deputados federais concorressem todos por uma sigla e os deputados estaduais concorressem pela outra sigla. Então, se juntassem todos [os pré-candidatos à Câmara] Júlio César, Fábio Abreu, Marcos Aurélio, Castro Neto (...) e fossem pelo MDB e os deputados estaduais todos iriam pelo PSD, ou vice-versa. Essa proposta foi feita ontem em Teresina ao deputado Themistocles Filhos e aos outros deputados estaduais", explica Marcelo Castro.
O parlamentar foca que é um acordo considerável visto que não beneficiaria só uma sigla. "É uma proposta honesta, ele não está propondo que todo mundo vá para o PSD. Ele está dizendo: vamos fazer um entendimento que seja bom para o PSD, que seja bom para o MDB (...) Vamos chegar a uma conclusão, que sim ou que não, mas não vamos dizer que o Júlio César está bancando o esperto conosco, pelo contrário".
De acordo com uma fonte, seria difícil para Marcelo Castro abrir mão da chapa federal, visto que ele é o tesoureiro nacional do MDB. O argumento utilizado por ele com Júlio César será de que o MDB tem uma história na Câmara dos Deputados, já o PSD é um partido novo.
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