Por Rany Veloso
O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o médico Marcelo Queiroga, aceitou o convite ao Ministério da Saúde. Ele esteve reunido até as 18h30 de hoje com Bolsonaro e Ciro Nogueira (PP-PI). O senador piauiense foi as pressas para Brasília, desmarcando toda a agenda de compromissos em Teresina.
O médico foi indicado recentemente por Bolsonaro a uma vaga na Agência Nacional de Saúde Suplementar e tem uma relação próxima ao mesmo.
A nomeação deve ser publicada no Diário Oficial da União de amanhã.
Ontem e hoje Bolsonaro se reuniu com a médica Ludmila Hajjar que recusou o convite do presidente para a pasta. De acordo com a profissional, que é a favor do isolamento social e da ciência, não houve convergência técnica com os possíveis direcionamentos do chefe do executivo. Lockdown e o tratamento precoce são os pontos divergentes. A médica afirma que não há tratamento precoce. "Acho que o Brasil hoje para combater a pandemia tem que se pautar em evidência científica, em salvar a vida das pessoas", declara.
Aliados do governo atribuem o declínio a um áudio no qual a médica critica Bolsonaro no trato da pandemia.
Outro nome ventilado nos corredores da Câmara foi da médica e deputada federal Marina Santos (Solidariedade), que com exclusividade ao blog negou que tenha recebido convite.
Pazuello, que ainda está a frente da pasta, assumiu que Bolsonaro está procurando nomes e durante coletiva na tarde de hoje fez uma espécie de balanço do seu trabalho no Ministério.
O governo procura um nome técnico para tentar reverter a imagem negativa que o Ministério carrega, prestes a ser protagonista em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado e em um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga omissões no momento mais delicado da pandemia no país.