Por Rany Veloso
Em entrevista ao blog, a deputada federal Margarte Coelho (PP-PI) afirmou que sonha em ver o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o governador Wellington Dias (PT-PI) no mesmo palanque em 2022. Isso porque houve especulação de que eles teriam trocado informações a respeito de uma possível indicação da deputada à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), mas Margarete falou que não tem conhecimento dessa conversa. O senador Ciro Nogueira disse ao blog que isso é apenas especulação. Um acordo entre os dois nomes seria bom para a deputada que não tem pretensão de sair do PP e tem uma relação muito boa com o governador, até porque tem indicações de cargos no estado.
POSSÍVEL INDICAÇÃO AO STF
O acordo de paz entre os adversários políticos pode não ser verdade, mas a deputada assumiu que está recebendo apoio de parte da bancada feminina na Câmara, a que apoia o deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da casa, para que o seu nome seja o indicado ao Supremo. Inclusive as parlamentares já chamam Margarete Coelho de ministra. Ao blog, a parlamentar disse que está à disposição do STF ou do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
CRÍTICAS AO GOVERNO POR OMISSÃO NA PANDEMIA
A atuação do governo federal frente à pandemia também foi colocado em questão com a deputada, que criticou a condução do Executivo mesmo fazendo parte da base de apoio de Bolsonaro no Congresso. "Só vamos saber quem acertou e quem errou mais adiantes, mas em alguns momentos houve uma omissão do governo federal, vamos dizer uma perda de tempo numa tomada de decisão", explicou.
"SE NÃO FEZ IMPEACHMENT ANTES, ACHO QUE PERDEU A HORA DE FAZER AGORA"
Sobre impeachment, Margarete Coelho não vê clima para um impedimento do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, apesar de notar os movimentos na rua. E colocou em discussão o fato do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não ter pautado o tema até o momento, e critica como o tema foi colocado em "bandeira de campanha".
"O deputado Rodrigo Maia tem vários pedidos de impeachment que vem ai desde o começo do governo Bolsonaro. Se não fez isso no início do mandato, acho complicado fazer no final do mandato. E por estamos em um momento de campanha acho que não é um tema que possa ser ser bandeira de campanha. Você se comprometer em fazer impeachment dessa ou daquela autoridade é muito arriscado. Eu acho inconveniente. Bandeira de trabalho são bandeiras do Brasil. Se não fez o impeachment antes, acho que perdeu a hora de fazer agora", finaliza.
PARA A DEPUTADA, BALEIA ROSSI TEM EXPERIÊNCIA COM IMPEACHMENT
No início da semana, um duelo entre Ciro Nogueira e Baleia Rossi (MDB-RJ) chamou atenção sobre um possível acordo do candidato à presidência da Câmara apoiado por Maia com o PT. Isso porque a condição de apoio desse partido de oposição seria que se eleito Baleia Rossi pautaria o impeachment. A Progressita se manifesta a favor de Ciro no embate e diz que Baleia Rossi tem experiência com o tema, uma vez que o impeachment de Dilma Roussef foi arquitetado no gabinete dele.
"Para eu acreditar que Arthur Lira faria isso, tenho que dizer que Rodrigo Maia fez, porque os impeachments estão aqui na casa. Com relação ao compromisso do Partido dos Trabalhadores (PT) e o candidato Baleia Rossi para fazer o impeachment de Jair Bolsonaro a gente tem que dizer que Baleia Rossi tem experiência, porque o impeachment da presidenta Dilma foi muito fortemente tramado dentro do gabinete dele, dentro do partido dele e pelo vice-presidente dele. Então não é novidade para ele esse compromisso com o impeachment. Mas para eu dizer que o Arthur Lira vai engavetar os pedidos, eu tenho que dizer antes que Rodrigo Maia engavetou. E se engavetou por que isso vem agora no momento de campanha, não seria isso um oportunismo?", conclui.
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