Por Rany Veloso
Durou menos de uma hora o depoimento, se é que assim pode ser chamado, do ministro da Educação, Abraham Weintraub, à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira. Isso porque o ministro optou por ficar calado durante a oitiva, possibilidade que já havia sido levantada no pedido de Habeas Corpus (HC) preventivo pelo ministro da Justiça, André Mendonça, ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O depoimento solicitado à PF num prazo de 5 dias pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito das Fake News, que investiga a existência de uma organização criminosa que produz e compartilha notícias falsas e ataques às instituições e ministros do STF.
Abraham Weintraub foi incluído no inquérito após a quebra do sigilo do vídeo da reunião ministerial considerado prova em outro inquérito do Supremo, o que investiga suposta interferência de Bolsonaro na PF. Na gravação, o ministro da Educação disse que por ele colocava "todos esses vagabundos na cadeia, começando pelo STF".
Ontem, o ministro da Justiça, André Mendonça, entrou com o pedido de HC na tentativa de que o STF retire Weintraub do inquérito.