Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

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Omar Aziz diz que são 30 os possíveis indiciados no relatório final da CPI

Em entrevista exclusiva ao Bom Dia Meio Norte, o presidente da Comissão também falou sobre responsabilização do presidente Bolsonaro

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Por Rany Veloso

Em entrevista exclusiva a Rede Meio Norte nesta segunda-feira (04), o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), revelou quem serão os possíveis indiciados e quais crimes cometeram.

"Os crimes são vários, você tem ai crime contra a vida, contra a saúde pública, omissão, prevaricação, propagação de fake news, uma série de crimes, que felizmente nós tivemos com juristas, pessoas nessa área para que auxiliassem a gente e contribuísse para tipificar esses crimes. Eles tão contribuindo para que esse relatório final venha bastante consistente. E nós teremos aí mais de 30 nomes indiciados. Esses 4, 5 (nomes) que você citou estão fora do governo, dentro do governo tem muita gente. Você não pode se esquecer da capitã Cloroquina, do ministro Pazuello, Élcio Franco, Hélcio Bruno do Força Brasil, você tem muitas pessoas envolvidas, Osmar Terra, Ricardo Barros, e não vai passar em branco". Sobre o presidente Bolsonaro, Aziz afirmou que ele vai ter que responder nos tribunais brasileirou ou internacionais.

Os nomes citados anteriormente são da médica Nise Yamaguchi, que segundo Aziz convenceu Bolsonaro a propagar o tratamento precoce; Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério de Saúde acusado de oferecer propina de U$ 1 por dose de vacina; Luciano Hang, empresário bolsonarista dono da Havan e Otávio Fakhoury, empresário apoiador de Bolsonaro vice-presidente do Instituto Força Brasil, acusados de financiar e propagar fake news sobre o tratamento da doença, contra vacinas e uso de máscaras.

Juristas e membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estão ajudando a embasar o relatório final que repassa ao Ministério Público Federal a investigação e os culpados pelo agravamento da crise sanitária do país, só depois o MP decide de indicia ou não os apontados. Questionado se o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que é próximo ao presidente Jair Bolsonaro, irá acusar os citados como culpados pela Justiça, Aziz afirmou que "não tem como engavetar 600 mil mortos".

O senador também chamou atenção para que os Ministérios Públicos Estaduais investiguem os casos que agravaram a pandemia no Brasil, como o MP de São Paulo, que vai aprofundar as denúncias contra a Prevent Senior. "É uma obrigação deles investigar (...) Não podem esperar cair do céu (...) Onde houver fumaça tem que investigar, porque alguma coisa de fogo vai ter lá dentro". 

Sobre a tentativa de descredibilizar a CPI, Aziz acredita que quem comer a "pizza da CPI" vai se empanturrar e passar mal.

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