Por Rany Veloso
A Polícia Federal realiza nesta segunda-feira (27) uma operação como desdobramento da investigação que começou em 2018 e apura os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações, na secretaria de estado da Educação do Piauí (Seduc).
A polícia suspeita do desvio de pelo menos R$ 50 milhões do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), dinheiro usado para o transporte escolar. A acusação é de superfaturamento com as empresas que prestariam o serviço do transporte escolar.
A PF faz buscas na casa do governador Wellington Dias (PT), na Seduc, no gabinete da primeira dama do Piauí, a deputada federal Rejane Dias (PT), que era a secretária da Educação, e na casa do irmão da deputada.
De 4 a 5 agentes da PF estiveram no anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília, onde fica o gabinete da deputada, por cerca de 30 minutos, eles deixaram o local antes das 09 horas. A autorização para o cumprimento do mandado no gabinete da deputada foi dada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, por entender que o processo é anterior ao mandato.
A 3ª fase da Operação Topique, realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF), cumpre 12 mandados de busca e apreensão em Teresina (PI) e em Brasília (DF). As ordens foram expedidas pela Justiça Federal no Piauí.
A deputada federal Rejane Dias disse em nota que "recebe com tranquilidade os desdobramentos da referida Operação, e afirma que, como desde o início, permanece à disposição para esclarecimentos a todas essas alegações".
E fala sobre o período que esteve como secretária da Seduc, "Durante seu exercício à frente da Secretaria de Educação, a parlamentar sempre se portou em observância às Leis, tendo em vista a melhoria dos índices educacionais e a ampliação do acesso à educação dos piauienses".