Por Rany Veloso
Já está claro que o presidente Bolsonaro conseguiu formar sua base de apoio no Congresso com os parlamentares do Centrão. E para fazer a aliança com o grupo que é voltado para objetivos práticos, o governo teve não só que dar cargos importantes, com orçamento bilionários, em troca de apoio, mas também desembolsar emendas extra orçamentárias aos deputados no valor de R$ 6,2 bilhões. Este valor é o maior destinado no empenho de pagamentos de emendas. Até então, o recorde tinha sido em dezembro com R$ 3,9 bilhões.
O principal destino destas verbas é o da Saúde, até por causa da pandemia da Covid-19. Levar recursos extras as suas bases eleitorais e em ano de eleições pode ser decisivo para o resultado nas urnas.
Em conversa com os parlamentares piauienses que compõem o Centrão, o blog apurou com o presidente do Partido Progressistas (PP), o senador Ciro Nogueira, que boa parte dos R$ 6,2 bilhões será destinado ao PP. "Estamos trabalhando para ter um volume financeiro jamais visto na história do estado para ajudar os municípios na área da saúde", afirma o senador.
O deputado Flávio Nogueira, que está em processo de transição para o Republicanos, partido que também está sendo beneficiado com as negociações, disse que acha justo a destinação de emendas extras, mas ainda não está nessa relação.
A assessoria de Comunicação do deputado Júlio César (PSD), informou que como já era base do governo, talvez não haja liberação desses recursos extras.
O deputado Paes Landim (PDT) está em Brasília, mas ainda não tem conhecimento sobre o valor destinado ao partido.
O senador Elmano Férrer (Podemos) não retornou o contato com resposta.