Por Rany Veloso
Após o pedido de desfiliação e denúncia do padre Walmir Lima (PT), atual prefeito de Picos, sobre pré-candidatos que foram perseguidos e tiveram suas candidaturas barradas por terem ficado do seu lado, o caso foi parar na justiça eleitoral, que deu cinco dias para os partidos se manifestarem. O despacho desta quinta-feira (17) é do juiz Fabrício Paulo Cysne, da 10ª zona eleitoral, que resolveu também chamar o Ministério Público Eleitoral. O magistrado postergou a liminar e vai tomar uma decisão após esclarecimentos do partidos.
O questionamento dos pré-candidatos impedidos pelos seus respectivos partidos de participarem deste pleito é sobre a exclusão de membro da Comissão Executiva Municipal do processo de formação de chapa. A partir desses fatos, Creusa Nunes (MDB), Raniey Nunes (PCdoB) e Francilene Antônia (PCdoB) entraram com a ação pedindo a anulação da convenção do PT e MDB, realizada no último sábado (12).
Ao blog, Creusa Nunes (MDB), disse que o partido alega infidelidade, mas a possível pré-candidata nega e explica que foi excluída da chapa mesmo com a intenção de ser candidata formalizada.
"Estou há mais de 40 anos votando sempre no mesmo partido, acompanhando meu familiares que há décadas votam no MDB e há quase 30 anos sou filiada. Mesmo sendo participante ativa do Diretório Municipal, ocupando o cargo de segunda vice-presidente, sendo primeira suplente, com assento na Câmara Municipal na última legislatura, formalizada a minha intenção de ser candidata junto ao Diretório Municipal, não fui incluída na chapa de votação na convenção ocorrida no último sábado, que houve uma peterição do meu nome. Por essa razão entrei na justiça o que me é de direito conforme o estatuto do MDB", afirma Creusa Nunes.
MULTA AO PARTIDOS
PT e MDB foram multados em R$ 50 mil cada um por terem realizado a convenção em ambiente aglomerado de pessoas durante a pandemia do Coronavírus, desrespeitando o decreto municipal, que limitava 300 pessoas no mesmo local.