Por Rany Veloso
O senador Jorginho Melo (PL-SC) disse ao blog nesta quarta-feira (17) que o presidente Jair Bolsonaro se filia sim ao PL. Não há data definida, mas acredita que ainda neste ano. De acordo com o senador, escolhido pelo presidente do partido para dar a declaração, o PL não fará aliança com a esquerda em nenhum estado, nem no Piauí.
No estado, o PL faz parte da base do governo do estado, que é comandada pelo governador Wellington Dias (PT).
O senador Wellington Fagundes (PL-MT) disse que os presidentes dos diretórios estaduais deram carta branca ao Valdemar Costa Neto para resolver caso por caso de alianças nos estados. “Queremos receber o presidente Bolsonaro o mais rápido possível.
O prego tá batido, a ponta não tá virada porque tem que assinar a ficha de filiação”.
De acordo com o senador, em São Paulo, o PL terá candidatura própria ou apoiará um nome que tenha aval de Bolsonaro. “O ministro Tarcísio de Freitas é uma opção e pode disputar o governo de São Paulo pelo PL”.
Fábio Xavier diz que não é alinhado com Bolsonaro, mas PL está preparado para receber a filiação do presidente
Após quase 3 horas de reunião, o presidente do PL no Piauí, deputado Fábio Xavier, falou com exclusividade ao blog e assegurou que o partido em todos os diretórios do Brasil estão prontos para receber o presidente Bolsonaro, mas não está alinhado com ele. “É o nosso caso, existem estados onde tem alinhamento e onde não tem”.
A charada fica no ponto em que o partido votou em assembleia e deu carta branca para Valdemar Costa Neto conduzir todas as alianças nos estados.
Xavier relembrou que Costa Neto havia dado sua palavra sobre o acordo já feito no Piauí, assegurando a aliança com o PT para a disputa ao governo do estado, mas ressalta que o candidato à presidência do PL será Bolsonaro, mesmo votando no Lula.
“Se o partido tem candidato a presidente eu não vou dizer para você que vamos coligar com o PT para votar no Lula, apesar de’u ser eleitor dele, mas não tem como porque o partido tem um candidato”, finaliza.
Fábio Xavier também falou sobre um boato de que ele deixaria o comando do PL, porque a influência de Bolsonaro sobre a sigla não permitiria aliança com o PT.
“Isso não me preocupa. Eu tenho uma história no partido Liberal, são mais de 30 anos e eu já estou há 12 no comando dele. Senadores já tentaram, deputados federais, grandes empresários. Eu gostaria de aguardar para ver se isso vai acontecer”, dispara reforçando o compromisso que tem com Valdemar Costa Neto.
A reunião com todos os 27 presidentes dos diretórios regionais do país já estava marcada com o intuito de dar segurança pelo estatuto do partido aos acordos pré-definidos antes da ida de Bolsonaro para a sigla. Mas ela ocorre exatamente três dias depois de uma suposta discussão entre Valdemar Costa Neto é Bolsonaro sobre o apoio do PL nas eleições do próximo ano em São Paulo. O presidente diz não aceitar que o partido apoie Rodrigo Garcia, o candidato do PSDB, indicado pelo atual governador João Doria, que é desafeto de Bolsonaro.