Por Rany Veloso
Nesta terça-feira (16), o futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga falou à imprensa, antes de participar de reunião com Eduardo Pazuello, que a política é do governo Bolsonaro e ele como ministro executa. O médico ainda falou que dará continuidade ao trabalho do atual ministro.
"O governo está trabalhando, políticas públicas estão sendo colocadas em prática, o ministro Pazuello anunciou todo o cronograma de vacinação em entrevista coletiva ontem. A política é do governo Bolsonaro, a política não é do ministro da Saúde. O ministro da Saúde executa a política do governo. O ministro Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil e eu fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a esse trabalho para nós conseguirmos vencer essa crise na saúde pública", declarou.
A estratégia do governo é colocar um nome técnico na pasta para dar uma guinada nos rumos diante da pandemia e focar na vacinação, mas quem continua mandando na pasta é o presidente.
O novo elemento político Lula influenciou nessa mudança no momento mais grave da pandemia no país. O Brasil está no 20º dia consecutivo com mais de mil mortes por dia, chegando a média móvel de 1.841 vítimas fatais por dia.
Desde ontem (15), quando Marcelo Queiroga, que é do nordeste, região onde Bolsonaro procura estreitar os laços, aceitou ser ministro da Saúde, ele vem mostrando afinidade com as ideias de Bolsonaro. Disse que lockdown não é política de governo e que os médicos podem receitar tratamentos contra Covid-19. Mas antes de ser chamado para o cargo de ministro, demonstrou ser favorável ao isolamento social.
Os presidentes da Câmara e Senado afirmaram não conhecer Queiroga, mas ainda nesta terça o médico deve ir ao Congresso para reuniões com lideranças das casas.
Como o blog mostrou ontem com exclusividade, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) participou da reunião com Bolsonaro e o médico no palácio do Planalto. O blog também apurou que o senador Flávio Bolsonaro também esteve presente.