Por Rany Veloso
O governador Rafael Fonteles se reuniu na manhã desta quarta-feira (1º), em Brasília, com as bancadas federais do Piauí e do Ceará para mobilizar os parlamentares e consequentemente "pressionar" o governo federal para liberar recursos na tentativa de concluir a obra da Ferrovia Transnordestina. São necessários mais de R$ 6 bilhões para a conclusão da ferrovia, só no estado mais de R$ 1 bilhão. O terceiro estado que faz parte do projeto ficou de fora do encontro: Pernambuco (entenda abaixo).
No Piauí, a Transnordestina ligará o município de Eliseu Martins aos Portos de Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco, com extensão total de 1.753 km.
"Estou aqui para exatamente sensibilizar toda a bancada do Piauí e Ceará da importância da gente acelerar essa obra, que está muito próxima de ser concluída, claro que precisa dos financiamentos adequados para que a empresa que está com a obra consiga concluir ainda neste mandato", explicou Fonteles.
A intenção do governador é fazer com que os parlamentares possam dialogar com os órgãos de financiamento para a liberação das parcelas acordadas dentro da operação de crédito.
A Transnordestina deve ser útil no Piauí, para o escoamento da produção do agronegócio e minério de ferro no sudeste do Piauí.
Segundo o chefe do executivo, se o cronograma da empresa encarregada da execução da obra for seguido, a primeira fase do trecho deve ser entregue até 2026, ainda no seu mandato como governador.
Ainda durante a tarde Rafael participou de uma nova reunião no Ministério dos Transportes para aprofundar o tema.
FALTA DE ACORDO ENTRE OS ESTADOS
No início de fevereiro, os governadores do Piauí, Rafael Fonteles (PT), do Ceará, Elmano de Freitas (PT) e de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) se reuniram com o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, com o objetivo de destravar um dos ramais da ferrovia, o que vai do sertão piauiense ao Porto do Pecém (CE), mas Lyra discordou dos termos. Ela tem como finalidade dar andamento ao ramal que chega ao Porto de Suape (PE).
A intenção de Góes era negociar um novo aporte da União à concessionária Transnordestina Logística (TLSA), empresa responsável pela obra. A mesma que no ano passado assinou um aditivo com o governo federal para formalizar a desistência de construir o trecho em Pernambuco.
Raquel Lyra é do PSDB, a única governadora do trio que não integra a base de Lula.