Por Rany Veloso
A deputada federal Rejane Dias (PT) informou ao blog que foi surpreendida nesta manhã com uma operação de busca e apreensão no seu endereço funcional da Câmara dos Deputados e no endereço residencial onde hoje mora seu filho Vinícius e sua família.
A parlamentar disse que inúmeras vezes se colocou à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos, como o blog informou mais cedo, e informações no referido processo, o que, para ela, estranhamente não foi atendido e nem lhe dado a oportunidade de ampla defesa.
REJANE DIAS DIZ QUE INVASÃO NO SEU GABINETE EM BRASÍLIA FOI ILEGAL
A primeira dama disse que invadir o gabinete, sem autorização do Supremo Tribunal Federal, é uma ação ilegal e arbitrária, sendo esse mais um episódio de espetacularização da Polícia Federal com o objetivo de denegrir imagens de pessoas e instituições, em especial naqueles governos e políticos filiados ao Partido dos Trabalhadores e que não estão alinhados politicamente com o Governo Bolsonaro.
Rejane Dias diz que no âmbito da gestão pública todas as contas da Secretaria de Educação foram julgadas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado o que confirma a boa aplicação dos recursos públicos.
A deputada federal disse que confia nas instituições e na Justiça brasileira, e diz que as acusações que lhe são imputadas serão perfeitamente esclarecidas no momento oportuno e provada a sua total inocência.
TERCEIRA FASE DA OPERAÇÃO TOPIQUE
Policiais federais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão nesta segunda (27) em Teresina e Brasília. A casa, a sede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e o gabinete da deputada Rejane Dias na capital federal foram os principais alvos.
A investigação apura lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção e crime de licitação em contratos de transporte escolar considerados irregulares no Piauí. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, mais de R$ 50 milhões foram desviados entre 2015 a 2016 quando Rejane Dias era secretária de Educação do estado. Na primeira fase da operação, em 2018, a PF acredita que R$ 119 milhões foram desviados.
O esquema funcionava, de acordo com a investigação, com um consórcio criminoso entre as empresas que eram contratadas para o serviço de transporte escolar e agentes da Seduc e assim desviavam recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica (Fundeb) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE).