Por Rany Veloso
Com o apoio do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), do presidente da República Lula (PT), e do ex-presidente Bolsonaro (PL), Hugo Motta do Republicanos da Paraíba pode se tornar o próximo presidente da Câmara aos 34 anos.
O presidente nacional da sigla confirmou à coluna o apoio do governo a essa candidatura. Assim como outra fonte ligada a Motta confirmou a informações do triplo apoio. E tudo isso em menos de 24 horas. Somente ontem (04), Motta se reuniu com Lula e Bolsonaro. E na terça à noite o encontro foi com Lira.
O senador piauiense Ciro Nogueira (PP), que também é presidente nacional da sigla de Arthur Lira, é um entusiasta do nome. Foi na casa dele, em Brasília, o encontro com Bolsonaro. Ciro disse que Motta é como um "filho de consideração".
O QUE CAUSOU ESSA MUDANÇA REPENTINA?
Até ontem, o preferido de Lira era Elmar Nascimento (União-BA). O deputado gastou rios de dinheiro levando 70 deputados ao carnaval da Bahia neste ano e fazendo uma festa de arromba em área nobre de Brasília em junho. Isso tudo em clima de pré-campanha. Mas a "acidez" do seu nome entre parlamentares da esquerda e a "negativa" de Lula fizeram Lira recuar por falta de "consenso" em torno de Elmar.
Diferente deste perfil, Motta seria um nome agregador, circula bem com a direita e esquerda.
Além do mais, é amigo de Lira e tudo indica que em fevereiro do próximo ano a Federação PP Republicanos irá sair do campo da ideia.
HISTÓRICO HUGO MOTTA
Ele foi eleito o mais jovem deputado federal do Brasil pela primeira vez em 2014. Agora, ele está no quarto mandato com os seus 34 anos com 186 propostas legislativas e apenas uma relatoria.
Um dos pontos questionados por Lula foi sobre a pouca idade, mas Marcos Pereira garantiu que ele é experiente.
Na Câmara, apesar de uma atuação discreta, é líder do Republicanos há muito tempo, e já ocupou postos como a presidência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras em 2014, e em 2016 votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT).
Atualmente, é o primeiro vice-líder do segundo maior bloco parlamentar da Casa com MDB, PSD, Republicanos e Podemos.