Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

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Exclusivo Senado aprova PEC da Anistia aos partidos. Ciro e Marcelo votam juntos.

Marcelo Castro nega que seja PEC da Anistia: “deveriam chamar PEC das Cotas Raciais ou PEC do Refis”

Por Rany Veloso

O Senado aprovou nesta quinta (15), por 51 votos favoráveis e 15 contrários no primeiro turno e no segundo turno por 54 a 16 a PEC que ficou conhecida como "da Anisitia", que perdoa as dívidas dos partidos políticos das eleições de 2022 por não respeitar as cotas raciais para pretos e pardos. Apenas o Novo orientou contra a PEC e o governo liberou a bancada pela pluralidade da sua base, que inclui o PSOL, que na Câmara 

Foram apenas 2 votos "sim" a mais que o necessário para aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que precisa de 3/5 dos votos dos 81 senadores.

MARCELO CASTRO TENTA CORRIGIR NOME DE BATISMO DA PEC

O senador piauiense Marcelo Castro (MDB-PI) foi o relator da proposta e criticou o fato de estar sendo chamada de PEC da Anistia até pelo próprio site do Senado Federal. "Não tem nenhuma anisitia (...) Deveria ser chamada de PEC das Cota Racial ou PEC do Refis".

CIRO E MARCELO CASTRO JUNTOS

O que mais chamou a atenção da colunista que vos escreve foi a aproximação dos rivais políticos no Piauí. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que é presidente nacional do PP, parabenizou Marcelo Castro em plenário e disse que seu partido votaria com ele.

Ontem, a coluna exibiu um vídeo dos dois cochichando durante votação da mesma proposta na CCJ, quando foi aprovada com apenas dois votos contrários. Ciro levantou da cadeira e foi ao encontro de Marcelo Castro, falou ao seu ouvido, quando o último passou a mão na cabeça, mas pareceu concordar.

Em junho, os dois trocaram críticas sobre as projeções das eleições municipais. Ciro chegou a chamar Marcelo de "arrogante".

SOBRE A PEC QUE AGRADA DO PT DE LULA AO PL DE BOLSONARO

A proposta abre espaço para que os partidos cumpra as cotas raciais para negros e pardos até nas próximas quatro eleições além de abrir um pacote de refinanciamento de dívidas tributárias, uma espécie de Refis.

Entidades estimam que os partidos políticos terão R$ 23 bilhões de dívidas perdoadas.

Nas eleições de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral determinou que os partidos precisariam destinar 50% dos recursos do fundo eleitoral, que somou ao total R$ 5 bilhões, aos candidatos negros e pardos, proporcionalmente ao número de candidatos que preencheram esse tipo de cota.  

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