Por Rany Veloso
A assessoria do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou que o ministro, relator do inquérito que investiga possível interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF), acolheu manifestação da Procuragoria Geral da República (PGR) e rejeitou pedidos de partidos políticos para apreender os celulares do presidente e do filho, Carlos Bolsonaro. Isso por causa da ausência de legitimidade dos partidos para formulação dos pedidos.
Na decisão, Celso de Mello chama atenção para a necessidade do cumprimento de decisões judiciais pelo presidente da República. Isso significa que, caso a ordem fosse de recolhimento e Bolsonaro não entregasse o telefone, estaria sujeito a crime de responsabilidade, o que poderia motivar um processo de impeachment.
Bolsonaro havia dito que não entregaria o celular nem por ordem judicial. De acordo com o presidente, porque o celular tem muitos contatos importantes, de líderes mundiais, e que o aparelho é institucional.