Por Rany Veloso
Peças fundamentais no inquérito que investiga suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, ex diretor-geral da PF, e Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e o preferido por Bolsonaro para ocupar o cargo de Valeixo prestam depoimento nesta segunda-feira.
Valeixo chegou à sede da PF em Curitiba às 10 horas, o depoimento começou por volta das 10h10. O que se sabe até agora é que ex-diretor confirmou o que Moro havia dito no dia da sua demissão, que Bolsonaro queria um diretor na PF com quem ele tivesse mais afinidade. Já são mais de 5 horas de oitiva.
A expectativa é que Valeixo esclareça como ocorreu o desgaste de relação com o presidente da República e se Bolsonaro teria mesmo tentado modificar os quadros da corporação. A outra grande dúvida é se a exoneração de Valeixo foi a pedido, como tinha descrito no Diário Ofical da União (DOU). Moro já havia dito que Valeixo não pediu demissão e que não assinou o ato publicado com a assinatura do ex-ministro.
Agora a tarde, aqui em Brasília, Alexandre Ramagem e Ricardo Saadi, ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro, estão sendo ouvidos também.