13% das Prefeituras do Piauí não fecharão as contas em dia; saiba quais os principais problemas!

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, destacou que o cenário evidencia o impacto da concentração de recursos na União, enquanto os municípios assumem cada vez mais responsabilidades.

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou que 79% das prefeituras do Piauí planejam entregar suas gestões com as contas equilibradas até o fim do mandato. Em contrapartida, 13% admitiram que haverá atraso no fechamento das contas, enquanto 8% não responderam ao levantamento.

Apesar do otimismo em relação ao cumprimento das obrigações fiscais, os desafios enfrentados pelas gestões municipais no estado refletem um cenário de dificuldade comum no Brasil. Segundo os dados, 118 prefeituras piauienses destacaram a crise financeira como principal entrave, enquanto 79 apontaram a instabilidade política e econômica. Problemas relacionados à saúde foram citados por 76 municípios, e os reajustes salariais, por 71.

Apesar das dificuldades, a maioria dos prefeitos relata que fechará as contas em dia (Foto: Freepik) 

Contexto nacional

A pesquisa da CNM, que analisou dados de 4.473 municípios em todo o país, revelou que 71,2% dos gestores enfrentaram a crise financeira como o maior desafio de suas administrações nos últimos quatro anos. Mesmo assim, 80,9% dos prefeitos afirmaram que vão encerrar o ano sem deixar restos a pagar para as próximas gestões.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, destacou que o cenário evidencia o impacto da concentração de recursos na União, enquanto os municípios assumem cada vez mais responsabilidades. Ele também defendeu a necessidade de medidas estruturantes, como a aprovação da PEC da Sustentabilidade Fiscal e uma reforma tributária que fortaleça a autonomia dos entes municipais.

Olhando para o futuro

Entre os gestores que participaram da pesquisa e permanecerão no cargo, as perspectivas para 2025 são divididas: 49,3% demonstraram confiança ou grande confiança na recuperação financeira de seus municípios, enquanto 49,1% estão pouco ou nada confiantes.

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