Aliado fiel do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), o senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas) disse em entrevista ao canal pago CNN Brasil que a falta de resposta do governo federal à Pfizer, que em agosto de 2020 fez três propostas de venda de sua vacina contra a Covid-19, "não influenciou em nada a entrega de vacinas para o nosso país".
Líder do centrão, o parlamentar pontuou que a oposição está tentando criar uma narrativa, que tem sido derrubada pelos fatos apresentados. "Ficou comprovado hoje que ela (a Pfizer) só aprovou no FDA em dezembro essas vacinas nos Estados Unidos, e só depois que ela entrou com o pedido de registro no nosso país, então era impossível entregar a vacina", afirmou.
Presidente nacional do Progressistas, Nogueira defendeu que as ofertas feitas em agosto pela Pfizer eram de meros ''projetos de vacina", sinalizando que a quantidade oferecida no momento não era suficiente para causar grande impacto no Plano Nacional de Imunização (PNI).
O discurso do senador do Piauí entra em confronto com a posição do relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros, que em entrevista ao programa Banca de Sapateiro desta sexta-feira (14) disse que o depoimento do diretor da Pfizer Carlos Murillo foi o mais importante até o momento, pois desmentiu a narrativa de que haviam sido oferecidas 'somente 6 milhões de doses de vacinas, quando na verdade foram 70 milhões'.
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