Domínio Nordestino na Geração de Energia Eólica: Piauí entre os destaques

Esses dados são fornecidos pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), que aponta o Nordeste como líder nessa produção, abrigando cerca de 90% dos parques eólicos brasileiros.

O cenário da energia eólica no Brasil é marcado pelo protagonismo do Nordeste, com o Piauí se destacando no terceiro lugar do ranking. Atualmente, o país abriga 916 parques eólicos distribuídos em 12 Estados, somando mais de 10.100 aerogeradores em operação, responsáveis por converter a força do vento em eletricidade. Esses dados são fornecidos pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), que aponta o Nordeste como líder nessa produção, abrigando cerca de 90% dos parques eólicos brasileiros.

O relatório Infovento, divulgado pela ABEEólica com informações até junho de 2023, revela que essa fonte de energia tem a capacidade de fornecer eletricidade suficiente para abastecer aproximadamente 36,2 milhões de residências mensalmente, beneficiando mais de 108,7 milhões de habitantes.

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O Rio Grande do Norte surge como principal produtor nacional de energia eólica, liderando o cenário. Com 248 parques eólicos e 2.991 aerogeradores, o estado possui uma potência de geração de 7.872,43 megawatts. Em seguida, a Bahia e o Piauí ocupam o segundo e terceiro lugar, respectivamente. A Bahia contribui com uma potência de geração de 7.633,37 MW, abrigando 276 parques e 2.828 aerogeradores. Enquanto isso, o Piauí desempenha um papel significativo, gerando 3.583,95 MW através de 108 parques eólicos, que contam com 1.246 aerogeradores.

Piauí é o terceiro do país em geração de energia eólica (Foto: Arquivo EBC)

Segue abaixo a lista dos estados que se destacam na produção de energia eólica no Brasil:

  1. Rio Grande do Norte (potência de geração: 7.872,4 MW)
  2. Bahia (7.633,37 MW)
  3. Piauí (3.583,95 MW)
  4. Ceará (2.568,34 MW)
  5. Rio Grande do Sul (1.835,89 MW)
  6. Pernambuco (1.061,77 MW)
  7. Paraíba (765,94 MW)
  8. Maranhão (426 MW)
  9. Santa Catarina (242,70 MW)
  10. Sergipe (34,50 MW)
  11. Rio de Janeiro (28,05 MW)
  12. Paraná (2,50 MW)

Crescimento Significativo em Julho

Julho se destacou como um mês de avanço na geração de energia elétrica no Brasil, especialmente no que diz respeito à energia eólica. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), dos 525,5 megawatts (MW) adicionados à capacidade instalada do país no mês passado, 421,2 MW foram provenientes de 18 novas usinas eólicas, sendo que sete delas foram instaladas no Rio Grande do Norte. Além disso, duas unidades solares fotovoltaicas (93,6 MW), duas termelétricas (10,0 MW) e duas pequenas centrais hidrelétricas (0,7 MW) também entraram em operação no período.

O diretor-geral da ANEEL, Sandoval Feitosa, ressaltou que o crescimento da matriz elétrica brasileira em julho reflete o bom momento da geração de energia no país, especialmente a partir de fontes renováveis. Ele enfatizou que os números de julho continuam a expansão já evidenciada ao longo de 2023 e reforçou a meta de atingir 10,3 gigawatts neste ano, conforme previsto pela equipe de fiscalização da Agência.

Em 2023, até o final de julho, a matriz elétrica brasileira apresentou um aumento de 5.673,9 MW. Esse crescimento foi resultado da entrada em operação comercial de 176 usinas, sendo 79 eólicas (2.713,8 MW), 61 solares fotovoltaicas (2.295,1 MW), 25 termelétricas (531,4 MW), oito pequenas centrais hidrelétricas (122,2 MW) e três centrais geradoras hidrelétricas (11,4 MW). Notavelmente, as fontes solares e eólicas representam juntas 88,3% da capacidade instalada ao longo do ano.

As usinas inauguradas em 2023 estão espalhadas por 18 estados em todas as regiões do Brasil. Dentre esses, Bahia (1.684,7 MW), Minas Gerais (1.315,7 MW), Rio Grande do Norte (1.160,3 MW) e Piauí (460,9 MW) são os estados que lideram em termos de capacidade instalada. No que tange somente ao mês de julho, o Rio Grande do Norte teve um aumento significativo de 421,2 MW, seguido pela Paraíba, com uma expansão de 104,5 MW em três unidades eólicas.

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