Nesta quarta-feira, 02 de agosto, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), protocola um requerimento solicitando que seja submetido à deliberação do Plenário da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito o compartilhamento de dados do inquérito policial militar que investiga a atuação dos militares nos ataques ocorridos no dia 8 de janeiro.
A bancada bolsonarista está empenhada em construir uma narrativa que aponte a omissão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos eventos ocorridos em 8 de janeiro. Os trabalhos da Comissão foram retomados na terça-feira, 01, com uma oitiva do ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha.
senadora Eliziane Gama (PSD-MA), questionou Cunha sobre quando o general recebeu os primeiros alertas sobre a possibilidade de ataques.
Durante seu depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, Cunha afirmou que o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Edson Gonçalves Dias, foi informado sobre o risco de ataques às sedes dos Três Poderes. A relatora do colegiado,Em contraposição ao que o general Dias havia dito anteriormente à CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal em junho, negando ter sido informado sobre o risco de confrontos, Cunha afirmou que os primeiros informes a Dias foram enviados pela manhã de 8 de janeiro através de um aplicativo privado de mensagens. Ele relatou que conversou com o general por telefone antes dos ataques, por volta das 13h30, compartilhando a preocupação de que as sedes dos Poderes seriam invadidas e haveria uma ação violenta contra esses prédios.
O ex-diretor-adjunto ressaltou que Dias provavelmente não estava recebendo informações apenas da Abin e não pôde afirmar os motivos pelos quais o general agiu ou deixou de agir diante das informações recebidas.