Levantamento feito pelo Meio nesta terça-feira, 23 de abril, aponta que no Piauí, seis pedidos de licenciamento junto ao Ibama já foram protocolados, totalizando 13.014 megawatts de potência e envolvendo investimentos de empresas renomadas como Shell, Equinor e Basford. Estima-se que o investimento por gigawatt varie de R$ 13 bilhões a R$ 16 bilhões.
Dentre as empresas interessadas em investir no Piauí, destaca-se a Ocean Winds (OW), uma joint-venture eólica offshore formada pelas europeias EDPR e ENGIE. A OW visa explorar as capacidades eólicas offshore por meio de autorizações do IBAMA, com projetos planejados nos estados do Rio de Janeiro, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. O processo de licenciamento já está em andamento, e no Piauí, o foco principal da empresa é a construção do Vento Tupi, com capacidade de 1 GW.
EM ANÁLISE - O Ibama, como guardião do licenciamento ambiental para projetos eólicos offshore, está investindo na capacitação de sua equipe técnica para garantir análises eficientes e precisas. Através de workshops, eventos e missões internacionais, os analistas do instituto estão se aprofundando nas melhores práticas do setor, buscando agilidade sem comprometer a qualidade da avaliação ambiental.
O coordenador do Ibama para o licenciamento ambiental de energia eólica offshore, Eduardo Wagner da Silva, ressalta que a análise detalhada dos projetos só será iniciada após a aprovação do PL no Congresso Nacional. Essa medida visa otimizar o tempo da equipe, direcionando o foco para projetos com maior potencial de viabilização.