Margem Equatorial: Piauí terá incremento de 21,5% no PIB e mais de 50 mil empregos

A projeção foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), indicando para os benefícios que o Estado teria com a exploração do petróleo na Margem Equatorial.

O Piauí desponta como um dos estados mais promissores em termos de benefícios gerados pela exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, uma das novas fronteiras energéticas do Brasil. Junto aos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pará e Amapá, o Piauí poderá vivenciar um avanço econômico significativo com a exploração de suas reservas. Especialistas da área de petróleo e gás apontam que a Margem Equatorial, uma faixa de 500 mil km² que se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá, possui um enorme potencial energético, abrigando cerca de 16 bilhões de barris de petróleo. 

“O futuro energético do Brasil tem uma excelente oportunidade de dar um salto de produção na exploração petrolífera e de gás. Isso pode diminuir a dependência de importações e impulsionar a economia do país”, destaca Carlos Logulo, responsável pelo Oil & Gas Summit, que discutirá o tema em Fortaleza, em 2025.

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Conforme números fornecidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Piauí deverá registrar um crescimento de 21,5% em seu Produto Interno Bruto (PIB), o que representa cerca de R$ 10,7 bilhões adicionais. Além disso, há a previsão de que aproximadamente 52.828 novos postos de trabalho sejam gerados no estado, o que reflete o impacto econômico direto dessa atividade.

Carlos Logulo é o porta voz da Oil and Gas Summit (Foto: Divulgação)A exploração da Margem Equatorial, também conhecida como Bacia Equatorial, tem o potencial de catalisar não apenas o desenvolvimento econômico, mas também o social e tecnológico das regiões envolvidas. A produção de petróleo na região promete gerar royalties e tributos que podem ser reinvestidos em áreas como infraestrutura, educação e saúde. Estima-se que até 300 mil empregos, diretos e indiretos, poderão ser criados nos estados do Norte e Nordeste envolvidos no processo

“A atividade exploratória petrolífera demanda mão de obra em diversas áreas, como construção civil, logística e serviços especializados. Isso impulsiona o mercado de trabalho, gera renda e oportunidades. Sem contar que a exploração de petróleo atrai investimentos em portos, aeroportos, estradas e redes de comunicação, ampliando os ganhos para a população”, afirma Logulo.

O processo de mapeamento da Margem Equatorial começou em áreas como a bacia da Foz do Amazonas e o Amapá, além da bacia Potiguar, onde já foram encontrados sinais promissores de petróleo. Em 2024, a Petrobras anunciou a descoberta de uma grande reserva de petróleo no poço Anhangá, entre o Ceará e o Rio Grande do Norte. A estatal brasileira se comprometeu a investir US$ 3,8 bilhões nos próximos anos na exploração da Margem Equatorial.

Carlos Logulo ainda ressalta que países vizinhos, como a Guiana, que incorporou 11 bilhões de barris às suas reservas nos últimos dez anos, e o Suriname, com cerca de 4 bilhões de barris, já estão colhendo os frutos da exploração da Margem Equatorial. 

“Esses montantes ultrapassam as reservas brasileiras, de 14,8 bilhões de barris. Por isso, o Brasil não pode perder a oportunidade de investir na Margem Equatorial”, reforça Logulo. Ele ainda alerta: “Somente com os projetos petrolíferos em implantação, a produção nacional vai entrar em declínio a partir de 2032 e o país pode voltar a ser importador líquido de petróleo na década de 2040”.

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