De volta ao Piauí após cumprir agenda na Itália, o governador Rafael Fonteles, do Partido dos Trabalhadores, traz consigo perspectivas auspiciosas para o desenvolvimento sustentável; a palavra da vez é reindustrialização.
Para traçar esse caminho, o líder piauiense se reuniu na Embaixada do Brasil em Roma com empresários e representantes do governo italiano e dos setores industrial e financeiro da nação europeia.
Fonteles elencou o ousado projeto do Piauí em viabilizar o Vale do Hidrogênio Verde e os acordos consolidados com outros países na ordem de R$ 50 bilhões, inserindo o Estado de uma vez por todas na rota do ‘combustível do futuro’.
No encontro, feito por videoconferência, o governador escancarou as ‘credenciais’ do Piauí, sendo o líder na produção de energia solar centralizada no Brasil e o terceiro na fonte eólica.
“Estamos buscando essa relação mais próxima com as áreas governamental, financeira e industrial. São esses contatos que nos aproximam dos grandes investidores do setor de energias, que certamente vão nos abrir muitas oportunidades e contribuir para que o Piauí seja protagonista no mercado de hidrogênio verde no mundo”, comentou o líder piauiense.
A lista de participantes da audiência reverberou o papel que o Piauí vem assumindo no mercado de energias renováveis; abrangendo representantes da Confederação Geral da Indústria Italiana (Confindustria); do Intensa Sanpaolo, o maior banco italiano e o 27º maior do mundo; da Agência Nacional para Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Econômico Sustentável (ENEA); além da Federação das Associações Nacionais da Indústria Mecânica Variada (ANIMA).
Os pilares da reindustrialização
A inserção do Piauí no processo de reindustrialização é observada pelos pilares da administração de Rafael Fonteles. Para compreender esse processo é preciso ter ciência de que a indústria está diante de um futuro que será moldado pelos conceitos de inovação, digitalização e sustentabilidade, que são pilares da atual gestão estadual. Cada um desses elementos tem um impacto significativo no setor, trazendo mudanças e oportunidades.
Nesta sexta-feira, 30 de junho, o governador enalteceu a importância do Hidrogênio Verde usando como base uma reportagem do Jornal Folha de São Paulo, que aponta o combustível do futuro como a chave para a reindustrialização.
“Reunimos todas as condições para sermos os maiores produtores mundiais do combustível do futuro, o que pode ser a chave para um grande processo de transformação social e econômica do país, do Nordeste e do nosso Piauí. Como um dos maiores produtores de energia eólica e solar do Brasil e da América Latina, o Piauí está bem posicionado nesse cenário de energias limpas, foco das nossas recentes viagens à Europa. Como resultado, temos negociações avançadas com investidores europeus, que pretendem investir mais de R$ 50 bilhões em plantas industriais de hidrogênio verde no nosso Estado”, cravou.
O primeiro pilar da reindustrialização é a indústria sustentável, observando que diante da crise global causada pela pandemia de coronavírus e das ameaças das mudanças climáticas, diversos órgãos internacionais, governos e líderes empresariais e financeiros estão enfatizando a necessidade de uma Recuperação Verde, o que implica em impulsionar a economia e a geração de empregos, ao mesmo tempo em que fortalece a resiliência contra futuros choques sistêmicos. Para isso, é fundamental combater as mudanças climáticas por meio da descarbonização e promover a transição da economia linear para a economia circular.
O viés seguinte do processo versa para revolução digital, que dá uma chacoalhada na indústria, convergindo para novos modelos produtivos e fábricas inteligentes. Essas fábricas são capazes de produzir mais produtos, com maior qualidade e personalização para atender às necessidades dos clientes, enquanto reduzem as emissões de carbono, o consumo de energia e a geração de resíduos. Além disso, as tecnologias digitais estão impulsionando o surgimento de novas oportunidades de negócios, como a telesaúde e a agricultura inteligente.
Por fim, a reindustrialização pauta a inovação ao considerar que as fronteiras entre o físico e o digital estão se tornando cada vez mais tênues, o domínio das tecnologias e a capacidade de inovar de forma disruptiva serão determinantes para a posição no mercado internacional.
Nesse sentido, as ações capitaneadas pelo Governo do Piauí convergem para o entendimento de que o futuro da indústria está intrinsecamente ligado à inovação, digitalização e sustentabilidade. Ou seja, aqueles entes que conseguirem incorporar esses conceitos em suas estratégias e processos estarão bem posicionados para prosperar nesse novo cenário industrial, impulsionando o crescimento econômico e promovendo um futuro mais sustentável.