Piauí puxa alta nacional da produção de soja com 4% a mais na estimativa

No Brasil, a estimativa para a produção de soja em 2023 é de 148,8 milhões de toneladas, representando um acréscimo de 0,3% (388,2 mil toneladas) em comparação com a estimativa anterior.

Novos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 10 de agosto, apontam para um cenário promissor no setor agrícola. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) revelou um aumento na estimativa da safra de diversos produtos, com destaque para a soja.

No Brasil, a estimativa para a produção de soja em 2023 é de 148,8 milhões de toneladas, representando um acréscimo de 0,3% (388,2 mil toneladas) em comparação com a estimativa anterior. Esse aumento é atribuído à recuperação da produtividade das lavouras em grande parte do país, comparada à média de 2022. No entanto, o Rio Grande do Sul continua sendo a exceção devido a outro ano de estiagem intensa. O mês passado registrou um aumento notável na produção, principalmente impulsionado pelo Piauí, que experimentou um crescimento de 4%, adicionando 131,9 mil toneladas ao total, e pela Bahia, onde houve um aumento de 7,1%, equivalente a 502,4 mil toneladas. 

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Piauí tem alta de 4% na produção e alavanca estimativa do ano (Foto: Wenderson Araújo)

Milho 

A segunda safra de milho também contribuiu para o cenário otimista, totalizando 97,1 milhões de toneladas, um aumento de 0,8% (767,5 mil toneladas). Condições climáticas favoráveis na segunda safra explicam esse aumento, com destaques para os estados da Bahia (43,1% ou 224,4 mil toneladas a mais) e Mato Grosso (1,5% ou 707,4 mil toneladas adicionais).

O arroz, milho e soja continuam sendo os três principais produtos em destaque, representando 92% da estimativa total de produção e cobrindo 87,1% da área a ser colhida.

Segundo o LSPA, a estimativa de julho para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023 é de 308,9 milhões de toneladas, um aumento notável de 17,4% em relação a 2022. A área a ser colhida também registrou um aumento de 5,2% em comparação com o ano anterior, mostrando a tendência positiva do setor. Carlos Barradas, gerente da pesquisa, atribui esse aumento principalmente às condições climáticas favoráveis em quase todas as unidades da federação, com exceção do Rio Grande do Sul.

Dentre os produtos em destaque, o algodão herbáceo apresentou uma estimativa recorde de 7,4 milhões de toneladas, um aumento de 7,2% em relação à estimativa anterior. O algodão se beneficia dos preços favoráveis e do clima propício, especialmente durante a segunda safra. Outro destaque é o trigo, prevendo-se uma produção de 10,8 milhões de toneladas, um aumento de 1,2% em relação a junho e de 7,1% comparado à safra de 2022, também estabelecendo um recorde.

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