Nos últimos dez anos, o estado do Piauí sofreu um impacto financeiro devastador devido a desastres naturais. Segundo dados fornecidos pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os prejuízos acumulados no período de 2013 a 2023 ultrapassaram a marca de R$ 7,7 bilhões. Esta cifra inclui perdas privadas de R$ 6,011 bilhões, prejuízos públicos de R$ 647,284 milhões e danos materiais de R$ 1,118 bilhão.
No período analisado, foram registrados 2.711 decretos de calamidade pública nos municípios piauienses, destacando a frequência e a severidade dos eventos desastrosos enfrentados.
NO BRASIL FORAM MAIS DE R$ 639 BI
Esses desastres não são exclusivos do Piauí; em todo o Brasil, os prejuízos atingiram impressionantes R$ 639,4 bilhões no mesmo intervalo de tempo.
Os municípios são os mais afetados por esses desastres, que resultam em consequências humanitárias severas, como mortes, ferimentos, desabrigados, desalojados e uma série de problemas de saúde física, mental e social. Além dos danos humanos, os impactos materiais são extensos, incluindo a destruição de propriedades, interrupção de serviços, perdas econômicas significativas e degradação ambiental.
QUAIS OS TIPOS DE DESASTRES?
A CNM esclarece que os desastres podem ocorrer de maneira súbita ou gradual. Os desastres súbitos são geralmente causados por eventos climáticos extremos como tempestades e ciclones, que resultam em enchentes, inundações, alagamentos, enxurradas e deslizamentos, com danos imediatos e de rápida evolução. Por outro lado, desastres de evolução gradual, como secas e estiagens, desenvolvem-se lentamente ao longo do tempo, comprometendo o abastecimento de água potável e causando grandes prejuízos ao agronegócio e à pecuária.
CONSCIENTIZAÇÃO
O estudo elaborado pela CNM visa conscientizar a sociedade sobre os efeitos negativos desses desastres ocorridos entre janeiro de 2013 e dezembro de 2023. As informações foram coletadas por meio das defesas civis municipais e estaduais, bem como pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
A análise dos dados revela a urgência em desenvolver estratégias de mitigação e resposta eficazes para minimizar os impactos de futuros desastres, tanto em termos humanos quanto econômicos. O estudo da CNM serve como um alerta para a necessidade de políticas públicas robustas que visem à resiliência e à proteção das comunidades mais vulneráveis aos efeitos devastadores dos desastres naturais.