Todo cuidado é pouco, e com eletricidade a frase faz ainda mais sentido. Dados da Abracopel (Associação Brasileira para a Conscientização dos Perigos da Eletricidade), divulgados no último mês, apontam que o Piauí é o quarto do país na taxa de mortalidade por choque elétrico; o índice chegou a 9,123 por milhão de habitantes, em 2021. O número foi superior apenas no Acre, Rondônia e Mato Grosso. Em 2019 e 2020, o Piauí ficou na segunda colocação.
Em números gerais, o Piauí registrou 30 óbitos por choque em 2021, o índice foi o décimo do país. Neste recorte, São Paulo (59), Pernambuco (49) e Bahia (45) foram os que tiveram uma maior incidência de casos. No Brasil foram 674 mortes por choque elétrico no ano passado.
"Independentemente de quem está à frente, o Brasil tem um número signicativo de acidentes com choque elétrico, situação que, na maioria das vezes, poderia ser evitada com a execução de projetos elétricos e a instalação de dispositivos de proteção como DR, por exemplo, ou ainda o dimensionamento correto de condutores. Uma outra prática que deveria ser seguida é a revisão da instalação elétrica ao menos a cada 5 anos, pois com esta prática se detecta possíveis problemas possibilitando programar as adequações", avaliou a Abracopel no relatório.
curtos-circuitos, de modo que no Piauí foram 16 casos, o que representou 2,5% do total nacional, em que se somou 637 ocorrências. Dos incêndios registrados no Estado, houve uma morte.
Ademais, os dados levantados pela instituição também fornecem um panorama dos incêndios provocados por sobrecarga de energia, como"Os incêndios de origem elétrica têm como elemento inicial o superaquecimento dos condutores elétricos, inflamando o revestimento isolante normalmente plástico que os protegem de contato entre si, ou mesmo dos materiais em sua volta. Ao danificar a isolação devido a alta temperatura, os elementos laterais da instalação podem entrar em combustão, e iniciar, assim, um incêndio de origem elétrica", avaliou a instituição.
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