Exclusivo Prefeituras do Piauí temem ultrapassar limite da LRF com decisão do TCU

Os prefeitos articulam uma PEC para que os gastos com terceirizados não sejam incluídos no cálculo da LRF.

Em entrevista ao Meio Norte, o presidente da Associação Piauiense dos Municípios (APPM), Toninho de Caridade (PSD), deu encaminhamentos do que será defendido na mobilização nacional promovida pelas entidades municipalistas de todo o país nos dias 03 e 04 de outubro em Brasília. Entre as pautas está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da não inclusão dos terceirizados no cálculo de gastos com pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que deverá ser feito após entendimento do Tribunal de Contas da União. Assim, caso a PEC não seja aprovada, a maioria dos entes ultrapassará a faixa máxima, o que ocasionaria uma série de problemas às Prefeituras, como o impedimento da assinatura de convênios, e bloqueio de repasses federais. 

"Aguardamos a PEC que trata para não entrar no índice de cálculo a questão dos terceirizados da mão de obra porque se isso acontecer nesse entendimento que há do TCU que os terceirizados entrem na folha de pagamento, a maioria dos municípios do Brasil vão ultrapassar a LRF então é importantíssimo essa PEC, então a gente aguarda todas as discussões para dia 3 e 4 e que a gente possa sair de lá com algo concreto e com essas PECs tramitando e sendo votada e aprovada pelo Congresso", disse.

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Terceirizados estão na mira de determinação do TCU (Foto: Pressfoto/Freepik)Em relação ao pagamento do piso dos profissionais de Enfermagem, o líder municipalista frisou que o Governo repassou R$ 41 milhões referentes aos meses de maio a agosto, no entanto, é preciso a garantir do pagamento a partir de setembro e, principalmente, uma fonte de recursos permanente, a qual ele defende que sejam os royalties do petróleo, em que a redistribuição está travada no Supremo Tribunal Federal (STF)

"O Governo Federal fez um repasse referente a 4 meses dos municípios aqui orientados pela APPM e a CNM, estão aprovando em forma de lei autorizativa para o pagamento desses profissionais, serão passados na íntegra da forma que foi passado para os municípios e também vão repassar para os profissionais, há uma preocupação com as fontes de recursos permanentes para essa área, por isso que nós aqui da APPM temos um pleito a nível nacional, que é o pleito da divisão dos royalties, a gente deve ver que os royalties tem que ser revistos, tem que ser adequada essa lei, que está sobre liminar do Supremo, mas que tem que ser revisto para que a gente possa não só cumprir o piso da enfermagem com esses recursos, mas também atualizar os programas federais na área de saúde que estão defasados há mais de 20 anos", pontuou. 

Toninho de Caridade explanou que o uso dos recursos dos royalties não oneraria a União, defendendo que essa é a melhor saída. 

"Na verdade, esses recursos só estão pagando de maio a agosto, estamos em setembro, então o Governo já tem que se programar para fazer esse repasse também aos meses vindouros, porque agora já no final do mês vai chegar a data de pagar o mês de setembro, então a gente aguarda que o Governo se posicione, eu acredito que a divisão dos royalties é uma tese que não oneraria a União, e acredito na sensibilidade do STF e dos nossos congressistas para que esse tema volte a ser discutido", finalizou.

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