Em entrevista ao MeioNorte, o secretário de Saúde do Piauí, Antônio Luiz, sinalizou que houve uma queda na fila de espera por cirurgias eletivas no Estado. De acordo com ele, o número chegava a 15 mil e atualmente versa em torno de 3 mil pessoas.
O líder da pasta, considerada essencial, reverberou a celeridade disposta pelo Governo de Rafael Fonteles na solução de tal problemática, viabilizando mais cirurgias bariátricas, cardíacas, entre outras.
"Havia um represamento de quase 15 mil pessoas na fila desde antes da pandemia. E hoje, no Estado Piauí, no nosso sistema nosso, não tem mais nem de 3 mil pessoas esperando hoje. Obviamente, as 3 mil que estavam represadas. Nós temos todo dia pessoas entrando na fila, isso sem falar nas urgências, porque as urgências são atendidas com a sua rapidez que tem que ser feita. Em Picos, em Floriano, em Parnaíba, em Bom Jesus, em Valença, em Teresina. Agora, as eletivas que tem para atender, que às vezes a pessoa espera 2 meses, 3 meses, tinha pessoas esperando 2 mil dias. Eu não sei se a pessoa hoje ainda está na fila ainda, se ela já fez a cirurgia particular, se ela foi para outro lugar. Quer dizer, nós temos que depurar algumas coisas da fila, porque tinha gente com 2 mil dias. Eu acho que 2 mil dias não é um tempo adequado para se esperar", reverberou.
Sobre os recursos financeiros dispostos, Antônio Luiz apontou que a saúde sempre está subfinanciada, devido a demanda, no entanto, os avanços tem sido alcançados, especialmente na descentralização da média e alta complexidade, e na gama de intervenções dispostas na rede pública.
"Olha só, a saúde está sempre subfinanciada, o dinheiro da saúde não é suficiente para toda a demanda, então é difícil falar isso, mas o dinheiro não é suficiente para tudo que a gente precisa, mas não é só no Piauí, é no Brasil todo. O que vem para cá vai ser suficiente para você fazer algumas melhorias, manter o serviço e fazer alguns processos melhores para que a população seja melhor atendida, com mais humanidade, com mais eficiência e resolutividade. Agora o dinheiro nunca é suficiente para tudo, por isso que às vezes você tem as pessoas querendo um serviço e você não consegue dar", disse.
O secretário de Saúde detalhou a integração da rede do Sistema Único de Saúde, viabilizando que determinados procedimentos sejam feitos noutros Estados.
"Por exemplo, às vezes tem uma cirurgia que tem que ter uma máquina que não tem no Piauí, a máquina, não posso fazer aqui, mas às vezes tem em São Paulo a máquina, tem um TFD (Tratamento Fora do Domicílio) para levar para lá, então hoje o pessoal, quando não tem algum serviço aqui em Teresina, ele pode usar o TFD para ir para São Paulo, Fortaleza, como era antes, na cirurgia cardíaca de criança, ia para Fortaleza, para São Paulo, para Recife, ou hoje faz em Teresina a cirurgia cardíaca. Nós estamos melhorando isso, cirurgia cardíaca em adultos no HGV estava sem fazer até esse ano. Já voltou a fazer, toda semana faz cirurgia cardíaca, cirurgia bariátrica, não tinha também que estava parada. Voltamos a fazer com muita velocidade agora em Teresina", complementou.