Exclusivo Trata Brasil: Piauí soma R$ 768,5 milhões investidos em saneamento básico

O relatório do estudo analisa os investimentos no setor de saneamento básico no Brasil, considerando os dados mais recentes disponíveis no SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).

De acordo com a segunda edição do estudo "Avanços do Novo Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil - 2023 (SNIS 2021)", divulgado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados e o apoio institucional da Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento (ASFAMAS), o estado do Piauí investiu um total de R$ 768,5 milhões em saneamento básico no período de 2017 a 2021. 

O estudo tem como objetivo acompanhar o estágio de implantação e os potenciais ganhos socioeconômicos proporcionados pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico. Segundo o levantamento, no Brasil ainda existem mais de 33 milhões de pessoas sem acesso à água potável e quase 100 milhões sem coleta e tratamento de esgoto. A aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento, ocorrida em 15 de julho de 2020, estabeleceu metas para que até 2033 todos os municípios brasileiros atendam a 99% da população com serviços de água potável e ao menos 90% dos habitantes com coleta e tratamento de esgoto

Leia Mais

Estudo abrange os investimentos em água, esgoto e na gestão (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)O relatório do estudo analisa os investimentos no setor de saneamento básico no Brasil, considerando os dados mais recentes disponíveis no SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento). Os investimentos em abastecimento de água e esgotamento sanitário são classificados com base nos recursos desembolsados no ano de referência. O Piauí, nesse período, investiu R$ 174,3 milhões em gestão, R$ 452,18 milhões em água e R$ 142,05 milhões em esgoto, totalizando R$ 768,53 milhões. 

Em termos regionais, a macrorregião Sudeste lidera os investimentos, com R$ 51,10 bilhões, seguida pela macrorregião Sul, com R$ 19,73 bilhões. A macrorregião Norte apresentou o menor investimento, com apenas R$ 4,51 bilhões. No âmbito estadual, São Paulo se destaca com o maior desembolso, totalizando R$ 37,45 bilhões, enquanto o Amapá registrou os menores níveis de investimento, com apenas R$ 46 milhões. 

Quanto à distribuição dos investimentos entre os sistemas de atendimento, observa-se que 44% foram destinados ao abastecimento de água, 38% ao esgotamento sanitário e 19% à gestão dos serviços. A macrorregião Sul apresenta uma tendência diferente, com uma maior alocação de recursos para o esgotamento sanitário (48%) em comparação com o abastecimento de água (41%). Já nas macrorregiões Norte e Nordeste, a diferença entre os investimentos em abastecimento de água e esgotamento sanitário é significativa, com o primeiro recebendo mais do que o dobro de recursos. Essa diferença reflete os indicadores de atendimento nessas regiões, que são os mais baixos do país em relação ao acesso à água potável.

Carregue mais
Veja Também
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.


Tópicos
SEÇÕES