Gerlane Cabral, pré-candidata a prefeita de São Gonçalo do Piauí pelo MDB, denunciou nesta quinta-feira, 15 de agosto, que foi vítima de uma invasão no Sistema de Candidaturas (CANDex). A fraude resultou no registro de uma ata falsa, substituindo seu nome pelo do atual vice-prefeito, Luís Raimundo, na coligação formada por MDB e PSD. O incidente ocorreu após a convenção partidária de 27 de julho, onde a candidatura de Gerlane havia sido homologada de acordo com os trâmites legais.
Segundo Gerlane, o ato criminoso envolveu a utilização indevida da chave de acesso do partido. Ela acredita que o objetivo dessa fraude foi criar instabilidade no processo eleitoral e comprometer seu direito de disputar o cargo de prefeita.
"Fizeram uma invasão no meu sistema, um ato criminoso, mas já foram adotadas todas as medidas necessárias, sendo registrado um boletim de ocorrência na Polícia Federal e outro na Polícia Civil, e ainda foi feita uma Representação Criminal no Ministério Público Eleitoral, tudo com a finalidade de descobrir a autoria da pessoa responsável pela inserção da ata falsa no sistema CANDex", explicou Gerlane.
A pré-candidata também enfatizou que não houve qualquer decisão interna para sua substituição na coligação. Ela vê o episódio como um exemplo de preconceito e violência contra a mulher, especialmente em um município que nunca teve uma prefeita.
"Infelizmente, essa situação é um reflexo do preconceito que enfrentamos. São Gonçalo do Piauí nunca foi administrada por uma mulher, e minha candidatura tem enfrentado resistência e machismo. Isso não é apenas um ataque contra mim, mas uma tentativa de desestabilizar o processo eleitoral e impedir a participação feminina na política", declarou.
Gerlane reafirmou seu compromisso com a transparência eleitoral e a igualdade de participação para todos os candidatos. Ela espera que as investigações identifiquem os responsáveis por esse crime e garantam a integridade das eleições em São Gonçalo do Piauí.