Wellington Dias: “O que já é grave, pode ficar muito pior”, alerta

O governador aponta que com a nova cepa, a mortalidade nas Unidades de Terapia Intensiva tem crescido assustadoramente

Com cada vez mais destaque em âmbito nacional devido o papel na coordenação da temática vacina no Fórum dos Governadores e na presidência do Consórcio Nordeste, o piauiense Wellington Dias (PT) concedeu entrevista na sexta (05) à Revista Isto É, onde explicita o momento delicado enfrentado pelo país, fazendo projeções nada animadoras sobre a situação epidemiológica, caso não haja uma mudança brusca na condução da pandemia.  

O governador aponta que com a nova cepa, a mortalidade nas Unidades de Terapia Intensiva tem crescido assustadoramente. "Temos uma nova cepa da Covid surgindo, que é um vírus com transmissibilidade muito mais elevada, que tem aumentado o número de casos e também o tempo das internações. E essa nova cepa de vírus demonstra ser mais letal. A cada 100 pessoas doentes que entravam na UTI, a gente tinha no máximo 50% de óbitos. Agora, estamos chegando a 60% ou 70%. Aí, num momento destes, qual é o sentido de o presidente Bolsonaro divulgar nas redes sociais uma informação distorcida de que liberou um grande volume de recursos aos estados para o combate à pandemia, mas coloca lá também todas as transferências previstas na Constituição?", questionou. 

Governador do Piauí, Wellington Dias (Foto: Ascom)

O líder piauiense lamentou a demora na articulação para a aquisição de mais doses, detalhando a postura que os governadores esperavam do Poder Central. "É isso que a gente espera do Brasil agora, que a gente tenha o governo central se esforçando para obtermos a vacina, dialogando para que haja a liberação urgente dos recursos para os estados, fazendo o que é necessário para a governança desse colapso". Sem um auxílio efetivo da União, os chefes estaduais tiveram que 'arregaçar as mangas', assim, Dias reverbera na entrevista à Revista o esforço concentrado dos governadores na consolidação de contratos para complementar o Plano Nacional de Imunização (PNI). 

O governador piauiense sinaliza que o 'que já é grave, pode piorar ainda mais'. "Os governadores resolveram arregaçar as mangas para evitar que a gravíssima situação dos nossos hospitais se alastre: corremos um risco real de colapso na rede hospitalar" pontuou. 

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