Wellington Dias vê apoio de Lula e descarta fatiamento do MDS

Dias reiterou o que Lula sempre tem reafirmado sobre a posição do Ministério do Desenvolvimento Social na atual gestão, sendo considerado estratégico, já que abriga o 'coração' do Governo.

Em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo na terça-feira, 29 de agosto, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), reforçou a sensação de apoio por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e descartou a ideia de dividir a pasta.

"Eu me sinto apoiado pelo presidente para cumprir as metas que ele estabeleceu com o povo", cravou. 

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Na exclusiva ao veículo, o ex-governador do Piauí sinalizou que Lula entende a importância da integração dos programas no MDS. Cabe indicar que Lula está atualmente negociando uma reforma ministerial para garantir a adesão do PP e dos Republicanos ao alto escalão do governo, visando solidificar uma base de apoio no Congresso. No entanto, a distribuição dos cargos está enfrentando desafios, assim um fatiamento do Ministério estaria sendo ventilado.

"Essa decisão ele [Lula] tomou [de não dividir o ministério]. Quando se separou o Auxílio Brasil [antecessor do novo Bolsa Família] desses programas sociais, o que aconteceu? Não foi só a pandemia, cresceu a fome, cresceu a pobreza e a extrema pobreza, cresceu a população de rua, enfim, uma situação social grave", ressaltou Dias.

De acordo com o líder da pasta, o Bolsa Família vai além da transferência de renda, confluindo para uma visão de unificação das iniciativas capitaneadas por sua equipe.

Wellington Dias mostra total integração com Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)Dias reiterou o que Lula sempre tem reafirmado sobre a posição do Ministério do Desenvolvimento Social na atual gestão, sendo considerado estratégico, já que abriga o 'coração' do Governo.

"Eu vou usar aqui uma frase que já ouvi uma vez o presidente Lula dizer: ‘o Ministério do Desenvolvimento Social é tão estratégico que, se eu pudesse, eu me nomearia para ele’", complementou. 

Porém, o líder piaueinse também enfatizou a necessidade de ajustes na articulação com o Congresso e na alocação de espaço no governo para garantir uma base estável, especialmente na Câmara. 

"O fato é real. A gente elegeu Lula presidente, Geraldo Alckmin vice, mas com minoria na Câmara e no Senado. É normal, na política, o diálogo para a composição de governo, e não é simples. Faz oito meses que a gente assumiu o mandato, depois de uma eleição tensa", concluiu.

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