Boa parte das pessoas prefere não estar em comunidade, afinal, a vida é corrida, todos temos muitos compromissos. Inclusive, muitos costumam dizer "Para que missa?, "Deus onipresente, não é necessário ir, Ele vem", "Deus sabe do meu coração".
Essas afirmações, assim como todas as coisas do mundo, fazem sentido no raciocínio humano, e são verdadeiras, até certo ponto. Pensando dessa forma, podemos desvalorizar facilmente a mais profunda forma de oração: a missa.
Por que precisamos ir à missa?
É na Santa Missa há a reprodução do sacrifício de Cristo, celebrando a páscoa. Assim, vivemos e vemos a memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. É a celebração eucarística por excelência.
Uma ideia difundida, de maneira equivocada, pode nos fazer pensar que funciona como o sacrifício refeito. No entanto, o sacrifício de Cristo aconteceu 1x, na cruz.
Desse modo, na missa vivemos um divino processo, no intuito de, com o auxílio humano do Padre (naquele momento "in persona Christi"- significa "na pessoa de Cristo"), haver a consagração do pão e o vinho, para que o Senhor Jesus nos alimente com o pão do céu.
Segundo o Padre Paulo Ricardo (que já acumula milhões de seguidores nas redes sociais), comungar é o ápice da vida cristã. O cristão precisa dessa conexão, onde Deus nos permite participar da realidade dos céus, mesmo que nós estejamos na Terra.
Aumente sua fé
O IV Concílio de Latrão celebrado em 1215 sob liderança do papa Inocêncio III, foi o maior dos concílios ecumênicos da Idade Média.
Nele foi abordado a "transubstanciação": admitindo que a substância do pão e do vinho se transformam na substância divina do corpo e do sangue de Jesus Cristo durante a consagração da Santa Eucaristia.
O milagre eucarístico de Lanciano teria ocorrido no século VIII, na cidade italiana de Lanciano.
Esse milagre Refere-se à extraordinária transformação de uma hóstia em carne humana e do vinho em sangue humano, durante uma missa. É reconhecido oficialmente como milagre pela Igreja Católica, posteriormente a estudos realizados por Odoardo Linoli e Ruggero Bertelli.
Todas essas informações não adiantam se não há terra boa para o cultivo da fé, em nossos corações, pois a comunhão é o próprio Cristo em nós. Comungar é algo que tão extraordinário que nem todos devemos comungar, a depender do estado de alma, por isso, vale a pena entender mais sobre o assunto.
Por onde começar
Tomé não estava com os discípulos, não estava em comunidade e não viu o Senhor, como os amigos viram.
Tomé, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos quando Jesus apareceu. Os outros discípulos lhe disseram: ― Vimos o Senhor! Ele, porém, lhes disse: ― Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o dedo onde estavam os pregos e não puser a mão no seu lado, não crerei.
João cap. 20, versículos 24-31.
Quando decidimos não ir à missa, faltamos não só com o amor, mas perdemos amor genuíno sentido na presença do próprio Cristo em nós. Além disso, não há espaço para a descoberta do "amor ao próximo" poque o mesmo começa na comunidade.
Muitas vezes, por uma espécie de orgulho, preferimos não depender de Jesus, assim o "eu rezo em casa" se torna rotina. Então, não vamos ao encontro de Deus, mas reivindicamos que Ele venha ao nosso encontro.
Aos domingos, como cristãos, devemos participar nesse mistério da Santa Missa, mas também nos dias de preceitos, isso é válido para aqueles que não estão impedidos por força maior.
Aos doentes tanto é válido a missa assistida pela TV, online; quanto os Padres e pessoas designadas, para essa missão, ficam responsáveis por levar a Eucaristia pessoalmente para os mesmos.
Não perca a oportunidade de experimentar a alegria da missa! Procure uma hoje, se dê essa oportunidade de vê-la com profundidade e sinta a presença divina!
Dica extra: para entender mais da missa, a leitura do livro do Dr. Scott Hahn mostra-nos toda a beleza e profundidade da Santa Missa. Um ex-protestante calvinista, doutor em Sagrada Escritura e especialista em Apocalipse, explica a Santa Missa à luz da Revelação de São João, no livro "O Banquete do Cordeiro".