Somente 73 anos depois, em 1º de setembro de 1985, foram descobertos, no fundo do Oceano Atlântico, os destroços do Titanic, o super-poderoso transatlântico inglês que naufragou entre a noite de 14 e a madrugada de 15 de Abril de 1912, após colidir com um enorme iceberg. Essa, que é a mais significativa e impactante tragédia da navegação mundial, matou 1.496 dos seus 2.223 ocupantes.
O Titanic, apresentado ao mundo como o mais luxuoso e extravagante navio de passageiros do mundo, partira de Southampton, na Inglaterra no dia 10 de Abril, com destino à cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e estava a quatro dias de viagem quando aconteceu o acidente. Era considerado, além de luxuoso e gigantesco, um navio rigorosamente “infundável”, graças aos esforços de segurança feitos pela engenharia na sua construção. Mas não foi o que se viu. Duas horas e quarenta minutos depois de se chocar com o iceberg, o Titanic afundou.
Em 1º de setembro de 1985, uma equipe de oceanógrafos comandada pelos franceses Jean-Louis Michel e Robert Ballard conseguiu localizar os destroços do Titanic valendo-se de um sonar com varredura lateral. Os destroços estavam submersos a uma profundidade de 3. 800 metros da superfície do mar. Além da localização das partes do navio, os oceanógrafos cuidaram também do processo de documentação do achado, com fotografias e filmagens.
Todo o material coletado serviu de base para maiores explicações sobre o acidente. A descoberta de que o navio havia se partido ao meio, quando a proa inclinou, só foi possível a partir da localização dos destroços. Nesse sentido, o dia 1º de setembro é um marco histórico não apenas para a história do Titanic, mas também para a história das descobertas oceanográficas.
Em 1997, o diretor de cinema James Cameron lançou o famoso filme “Titanic”, estrelado por Leonardo di Caprio e Kate Winslet, que teve como suporte de reconstrução histórica do acidente a descoberta de 1985.