São decorridos hoje exatos seis anos do maior vexame que o futebol brasileiro sofreu em toda sua histórica. Ninguém poderia um dia sonhar que a consagrada “ maior seleção do mundo”, a Canarinha que pôs o Brasil em delírio ao conquistar o tricampeonato mundial no México, em 1970, sofreria a humilhação de ser massacrada em sua própria casa, na sua Copa do Mundo, de 2014, perdendo para a Alemanha pelo placar de 7x1.
Isso ficou marcada para sempre na vida dos belo-horizontinos por causa da acachapante derrota brasileira por 7 a 1 para a Alemanha, nas semifinais, naquele 8 de julho, dia mais tenebroso da história do futebol verde-amarelo, pois lá na capital de Minas Gerais, que a partida se realizou.
Durante 30 dias, BH recebeu a mistura de várias culturas e nacionalidades, abrigou seleções importantes “no quintal de casa” e viu craques desfilarem no gramado do Mineirão. Entre eles, Messi.
Antes do jogo, a torcida brasileira coloriu BH e o Mineirão de verde e amarelo para receber a partida pelas semifinais da Copa.
A passagem do camisa 10 argentino pela capital mineira também ficou marcada. Hospedado na Cidade do Galo, o jogador brindou os mineiros com grande atuação diante do Irã, mesmo que o desempenho de sua equipe tenha sido burocrático. Foi de Messi o belo gol de fora da área, já nos acréscimos, que evitou o tropeço dos argentinos. “Eleito quatro vezes o melhor jogador do mundo, La Pulga provou ser um dos atletas mais decisivos – e, por que não, abençoados? – do planeta, ao marcar o gol da mágica, porém não muito justa, vitória da Argentina sobre o Irã”, destacou o Estado de Minas, de 22 de julho de 2014.
Se a Cidade do Galo recebeu a Argentina, coube à Toca da Raposa II ser a casa da Seleção Chilena, uma das surpresas da Copa. Comandada por Jorge Sampaoli, La Roja encantou os brasileiros com um futebol vistoso e leve, com direito a vitória sobre a então campeã mundial, Espanha, por 2 a 0. Sua torcida invadiu o Brasil e até provocou tumultos, como no Maracanã. Mas a queda da Seleção foi precoce: logo nas oitavas de final, no Mineirão, diante dos brasileiros, na disputa por pênaltis. Durante os 90 minutos, Pinilla poderia ter colocado sua Seleção nas quartas, mas a bola chutada de fora da área explodiu na trave esquerda de Júlio César.
É difícil encontrar um brasileiro que goste de lembrar da eliminação vergonhosa do Brasil, na primeira Copa do Mundo que realizava e que sonhava fosse o momento da consagração definitiva. Ao contrário, a Seleção fez o Brasil cair em pranto e querer apagar essa passagem da sua vida esportiva.