Há exatos dois anos, em 15 de Abril de 2019, um violento incêndio atingiu a Catedral de Notre-Dame de Paris, causando danos bastante significativos e gerando notável comoção na comunidade católica da capital francesa e etre os milhares de turistas que visitam a cidade e a igreja todos os dias. O incêndio teve início ao fim da tarde no telhado do edifício, e foi se espalhando, causando danos consideráveis. A agulha da catedral e o telhado colapsaram, e o interior e alguns dos artefatos que albergava foram gravemente danificados.
A Catedral passava à época por um trabalho de restauro, com vários andaimes postados no seu entorno. Esse material, aliado às madeiras antigas existentes no forro do tempo, serviu de elemento de combustão na propagação do incêndio.
A catedral de Notre-Dame de Paris data do século XII, compondo-se de uma mistura de cantaria nas estruturas de suporte, e madeira nos telhados principais e na sua agulha icónica. Em 2018, um ano antes do incêndio, um apelo emergencial declarou que a catedral necessitava de manutenção e restauro. Quando foram levantadas as preocupações sobre o estado da catedral, o arquiteto diretor dos monumentos históricos franceses, Philippe Villeneuve, declarou a 27 de Julho de 2017 que "a maior culpada é a poluição".
Quando o incêndio ocorreu, o edifício estava com obras de renovação. Tinham sido colocados andaimes em torno dos telhados, e várias estátuas de pedra e bronze tinham sido removidas do local, em preparação para as obras de restauro. Pelo menos dezesseis estátuas de bronze e outras obras de arte foram retiradas do edifício durante as obras de restauro, sendo assim poupadas ao incêndio.
Depois de fechada por mais de um ano e submetida a trabalho de recuperação de sua estrutura, a Catedral de Notre Dame foi reaberta paulatinamente aos fiéis e turistas, mas existe o temor de que outros episódios como o de 2019 possam voltar a acontecer.
As chamas engoliram a parte superior do edifício, incluindo as duas torres sineiras e a agulha central. Às 21h30 o incêndio ainda não havia sido controlado pelos bombeiros.
Recentemente, a historiadora de artes Bárbara Schock-Werner declarou que a Catedral ainda corre risco, e afirmou preferir que a estrutura fosse reconstruída como era antes do incêndio, sem intervenções modernas.