Um ataque à redação do jornal satírico "Charlie Hebdo", em Paris, praticado por dois homens fortemente armados, deixou um lamentável saldo de pelo menos 12 pessoas mortas e outras 11 ficaram feridas, algumas com gravidade. O ato de terror aconteceu no dia 7 de Janeiro de 2015. O jornal já havia sido alvo de outro ataque no passado, após publicar uma caricatura do profeta Maomé. Em novembro de 2011, a sede da publicação foi destruída por um ataque criminoso, que foi definido como “atentado” pelo governo na época.
Todos os mortos foram identificados. Foram eles: o editor e cartunista Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, o lendário cartunista Wolinski, o economista e vice-editor Bernard Maris e os cartunistas Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, além do também desenhista Phillippe Honoré, do revisor Mustapha Ourad e da psicanalista Elsa Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal para a “Charlie Hebdo” chamada “Divan”.
Entre as outras vítimas fatais, segundo o jornal "Le Monde", estavam o policial Franck Brinsolaro, morto dentro da redação, e o agente Ahmed Merabet, que morreu já na rua, durante a fuga dos atiradores. No ataque também morreram um funcionário da Sodexo que trabalhava no prédio, Frédéric Boisseau, de 42 anos, e um convidado que visitava a redação, Michel Renaud.
Ainda de acordo com o jornal, o jornalista Philippe Lançon é uma das vítimas gravemente feridas. Crítico literário do jornal "Libération", ele escreve crônicas para a "Charlie Hebdo". A agência Reuters, citando a polícia, diz que 11 pessoas ficaram feridas, sendo quatro em estado grave.