Doze pessoas morreram e 11 ficaram feridas, conforme in formações da polícia francesa, depois que homens fortemente armados atacaram a redação do jornal satírico “Charlie Hebdo”, em Paris. O jornal foi atacado por grupos terroristas mulçumanos, revoltados por haver o periódico publicado uma caricatura do profeta Maomé. O trágico acontecimento se deu em 7 de janeiro de 2015.
Todos os mortos foram identificados. São eles: o editor e cartunista Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, o lendário cartunista Wolinski, o economista e vice-editor Bernard Maris e os cartunistas Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, além do também desenhista Phillippe Honoré, do revisor Mustapha Ourad e da psicanalista Elsa Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal para a “Charlie Hebdo” chamada “Divan”.
Entre as outras vítimas fatais, segundo o jornal "Le Monde", estavam o policial Franck Brinsolaro, morto dentro da redação, e o agente Ahmed Merabet, que morreu já na rua, durante a fuga dos atiradores. No ataque também morreram um funcionário da Sodexo que trabalhava no prédio, Frédéric Boisseau, de 42 anos, e um convidado que visitava a redação, Michel Renaud.
Ainda de acordo com o jornal, o jornalista Philippe Lançon foi uma das vítimas gravemente feridas. Crítico literário do jornal "Libération", ele escreve crônicas para a "Charlie Hebdo". A agência Reuters, citando a polícia, diz que 11 pessoas ficaram feridas, sendo quatro em estado grave.
A cartunista Corinne Rey, que afirma ter sido forçada a deixar os atiradores entrarem na redação, diz que eles falavam francês fluentemente. Em uma entrevista ao jornal "l'Humanite", ela contou que conseguiu se esconder embaixo de uma mesa durante a ação, que durou cerca de cinco minutos.
De acordo com o médico Gerald Kierzek, que atendeu alguns dos feridos e foi citado pela CNN, os atiradores separaram os homens das mulheres e perguntaram especificamente por algumas pessoas pelos nomes, antes de matá-las.
Segundo fontes policiais, os autores do ataque portavam rifles Kalashnikov e gritaram "Vingamos o Profeta!", em referência a Maomé, alvo de uma charge publicada há alguns anos pelo jornal, o que provocou revolta no mundo muçulmano.