Há exatos três anos, no dia 12 de junho de 2016, um ataque a tiros numa boate gay deixou 50 mortos em Orlando, nos EUA. Esse foi o pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos, dizem agências. O atirador, identificado como Omar Saddiqui Mateen, foi morto pela polícia.
Autoridades de Orlando, nos EUA, afirmaram que 50 pessoas morreram e outras 53 ficaram feridas no ataque a uma boate voltada ao público LGBT.
O número de mortos fez do ato o pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos. O último com proporções comparáveis foi o massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos, segundo a Reuters. Este é o pior massacre terrorista em solo americano, depois do 11 de setembro.
Ao lado de representantes da polícia local, do FBI e de um líder muçulmano, o prefeito da cidade, Buddy Dayer, lamentou dar a notícia de que o número de mortos na casa noturna Pulse era maior que o estimado anteriormente. "Há sangue por todo lado", disse.
O atirador morreu durante a troca de tiros com a polícia. O FBI confirmou a identidade do suspeito: Omar Saddiqui Mateen. Ele tinha 29 anos e era um cidadão norte-americano, filho de pais afegãos. De acordo com as autoridades, na semana anterior ao massacre, ele comprou legalmente duas armas de fogo – uma pistola e uma arma de cano longo.
O agente do FBI Ronald Hopper disse em coletiva de imprensa ter recebido informações de que antes do ataque, Mateen ligou para o número de emergência 911 e disse ser leal ao Estado Islâmico.
O suspeito já havia sido investigado porque havia citado possíveis ligações com terroristas a colegas de trabalho. Ele foi interrogado pelo FBI em duas ocasiões.
Apesar das investigações passadas, Omar Saddiqui Mateen não estava sendo investigado atualmente e não estava sob observação do FBI. Não há, por enquanto, evidências de que ele tenha sido treinado ou orientado pelo Estado Islâmico, segundo a rede "CNN".
Mais cedo, uma agência de notícias ligada ao Estado Islâmico afirmou que o ataque foi realizado por um "combatente" do grupo, sem fazer referência à identidade de Mateen. O senador da Flórida Bill Nelson disse que não está confirmado que o grupo tenha assumido a responsabilidade pelo ataque.
Em entrevista ao canal de TV "NBC", o pai do suspeito descartou motivações religiosas para o ataque e citou comportamentos homofóbicos. "Isto não tem nada a ver com a religião", disse Seddique Mateen, acrescentando que seu filho ficou transtornado, há mais ou menos dois meses, quando viu dois homens se beijando durante uma viagem a Miami.
A ex-mulher de Mateen disse ao "Washington Post" que ele era violento, mentalmente instável e batia nela constantemente enquanto eles eram casados. Os dois ficaram juntos por 4 meses e não se falavam há mais de 7 anos.