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Atentado a bomba na Estação Central de Bolonha, deixa 85 pessoas mortas

A explosão destruiu grande parte do edifício central do local e atingiu o trem que passava.

Um dos mais cruéis atentados terroristas em território italiano, deixou nada menos do que 85 pessoas mortas e dezenas de feridos, quando bombas-relógio atingiram a Estação Central de Bolonha, na região da Emília-Romanha. Mais de 200 pessoas ficaram feridas, muitas delas com gravidade.

O massacre aconteceu às 10h25 (horário local), do dia 2 de Agosto de 1980, por meio de uma bomba-relógio que explodiu dentro de uma sala de espera da estação ferroviária, que no momento estava repleta de pessoas, principalmente turistas.

Massacre aconteceu por meio de uma bomba relógio em uma sala de espera - Foto: Reprodução

A explosão destruiu grande parte do edifício central do local e atingiu o trem que passava. O teto da sala de espera cedeu com o acionamento da bomba e desabou em cima das vítimas. Entre as pessoas que morreram no atentado, estavam quatro crianças com menos de 10 anos de idade. A grande parte das vítimas era constituída por jovens, que tinham entre 20 e 27 anos.

Até o momento, decorridos 41 anos, não se sabe exatamente quem comandou o atentado. Os responsáveis pelo ataque e os seus motivos políticos permanecem desconhecidos. Alguns suspeitam que a rede da Operação Gládio estava ao menos parcialmente envolvida.

41 anos  após o massacre, ainda não se sabe exatamente quem comandou o atentado - Foto: Reprodução

Durante os julgamentos, representantes do Estado se refugiaram no "segredo de Estado" para esconder informações. Sabe-se que os membros da Loja P2 estavam envolvidos com o terrorismo e desestabilização na Itália, Argentina e outros países e, entre os seus participantes, constavam proeminentes juízes, jornalistas, militares, espiões, políticos e banqueiros. O neofascista Vincenzo Vinciguerra (que está cumprindo prisão perpétua pelo atentado de Peteano de 1972), ao depor em tribunal, afirmou que uma "estrutura oculta" "dentro do próprio Estado" e ligada à OTAN, estava dando uma "orientação estratégica" para todos os ataques. Esta organização tornou-se conhecida sob o nome de Gladio.O ataque foi atribuído a militantes do grupo neofascista Núcleos Armados Revolucionários (NAR) e se tornou o pior ataque terrorista pós-guerra no país. No entanto, seus reais mandantes continuam desconhecidos.

Sabe-se que membros da loja P2 estavam envolvidos no atentado - Foto: Reprodução

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