Um avião Boeing 727-282, da companhia aérea TAP, de Portugal, que operava o voo TP425 de Bruxelas para Funchal, na Ilha da Madeira, caiu em decorrência de condições meteorológicas adversas, matando 131 pessoas. Esse grave acidente aconteceu no dia 19 de Novembro de 1977.
A tripulação era composta de oito pessoas e durante a operação de despacho foi reportada a possibilidade de mau tempo, com condições desfavoráveis ao voo, mas mesmo assim a aeronave decolou. A aeronave havia feito o voo inicial de Lisboa para Bruxelas e o retorno a Lisboa sem acidentes, mas a fatalidade aconteceu na sua etapa final, de Lisboa para Funchal, quando o avião já tocava a pista para aterrissagem.
O acidente foi investigado pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), que apontou como causa a impossibilidade de parar completamente a aeronave até ao final do comprimento da pista, devido a diversos fatores como condições meteorológicas desfavoráveis, aquaplanagem, velocidade de aproximação excessiva, "Flare" longo e comando direcional brusco após o toque na pista. Este acidente é conhecido como o segundo pior acidente aéreo de Portugal e o primeiro com fatalidades na história da TAP.
Às 21h24, durante o procedimento de aproximação da pista 06 de Funchal, a aeronave recebe comunicação da torre de controlo informando a possibilidade de aquela pista não servir naquele momento e, às 21h26, o comandante interrompe a aproximação por falta de visibilidade. A segunda tentativa foi realizada com intenção de aterrar na pista 24 e às 21h36 a aproximação é novamente interrompida por falta de visibilidade. Às 21h44 o piloto pergunta à torre do Funchal se tem as luzes sinalizadoras de pista na máxima intensidade, recebendo confirmação da mesma.
A aeronave acidentada era do C (Série 20 972), fabricado pela The Boeing Company no ano de 1975. No seu registo foi-lhe atribuída a matricula CS-TBR e o nome "Sacadura Cabral", em homenagem ao aviador português Artur de Sacadura Freire Cabral. O avião acumulou 6 154 horas de voo e efectuou 5 204 aterragens até ao dia do acidente.
Durante as investigações, constatou-se que a aeronave estava regulamentada e mantida pelo fabricante. Nem todas os ocupantes da aeronave morreram. Dos oito tripulantes morreram 6, e dos 156 passageiros 31 foram salvos, morrendo 125.