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Bombas explodem em avião cubano, mata 73, incluindo equipe de esgrima

Anualmente, os cubanos fazem manifestações para lembrar com tristeza e revolta esse ato de extrema selvageria

Mesmo decorridos 45 anos, Cuba nunca esqueceu uma das grandes tragédias de sua história. Foi em 6 de outubro de 1976 que bombas colocadas dentro de um avião comercial da Cubana Aviação, quando pouco antes havia decolado do aeroporto de Barbados, explodiram em pleno ar, matando 73 pessoas de várias nacionalidades. Dentre os mortos estavam os integrantes de uma equipe juvenil cubana de esgrima, que voltava da Venezuela, após conquistar medalha de ouro nos jogos mundiais realizados naquele país.

Anualmente, os cubanos fazem manifestações para lembrar com tristeza e revolta esse ato de extrema selvageria. ue cumpre nesta terça-feira 32 anos. A cada ano, com uma peregrinação até o cemitério de Cólon, na Capital, quando a população condena o terrorismo e clama por justiça ante um fato que permanece impune.

Anualmente, os cubanos fazem manifestações para lembrar com tristeza e revolta esse ato de extrema selvageria - Foto: Reprodução/Internet

Poucos minutos após partir do aeroporto internacional Seawell, em Barbados, no dia 6 de outubro de 1976, o DC-8 CUT 1201 explodiu em pleno voo, matando assim, junto à costa do Atlântico, 73 pessoas. A equipe de esgrima, que além do ouro obtido na Venezuela, já conquistara inúmeras medalhas por suas vitórias em diversas competições, era um orgulho para os cubanos.

Naquele dia fatal consumou-se uma das mais sangrentas ações da ultradireita anticubana contra a Ilha, preparada por Luis Posada Carriles, fugitivo da justiça venezuelana, sempre se nega extraditá-lo.

O artífice do assassinato é acusado de dezenas de ataques terroristas, além da explosão do avião civil, incluindo a colocação de bombas em hotéis de Havana, que causaram a morte de um turista italiano.

Desde o triunfo da Revolução, em 1959, Cuba tinha sido vítima de uma intensa campanha de terrorismo procedente dos Estados Unidos, com o objetivo de derrubar Fidel Castro. Segundo os arquivos de Washington que foram tornados públicos, entre outubro de 1960 e abril de 1961, a CIA introduziu na ilha 75 toneladas de explosivos e 45 toneladas de armas. No espaço de sete meses, realizou 110 atentados com dinamite, fez explodir 200 bombas, descarrilhou 6 trens, queimou 150 fábricas e desencadeou 150 incêndios nos canaviais. A CIA apoiou cerca de 300 grupos paramilitares com um total de 4 mil indivíduos.

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