Foi durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em 1972 em Estocolmo, na Suécia, que a ONU instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente, com o claro objetivo de chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais. Até então, os recursos naturais presentes na natureza em todo o planeta terra eram considerados inesgotáveis, podendo-se fazer uso deles de todas as formas, sem risco de extermínio.
A data, então, passou a ser um marco na luta para se estabelecer a sustentabilidade, um equilíbrio entre as necessidades de suprimento humano e a preservação desses mesmos recursos, sempre em favor da humanidade. Essa data foi escolhida para coincidir com a data de realização dessa Conferência de Estocolmo.
Nessa Conferência, iniciou-se uma mudança no modo de ver e tratar as questões ambientais ao redor do mundo, além de serem estabelecidos princípios para orientar a política ambiental em todo o planeta. Apesar do grande avanço que a Conferência representou, não podemos afirmar, no entanto, que os problemas foram sanados.
Pelo contrário, o acentuado crescimento dos danos ambientais indica que muitos pontos merecem ser revistos tanto pelos governantes quanto pela população para que os impactos sejam diminuídos. Se nada for feito, o consumo exagerado dos recursos e a perda constante de biodiversidade poderão alterar consideravelmente o modo como vivemos atualmente, comprometendo, inclusive, nossa sobrevivência.
O Brasil, especialmente, nos últimos anos, tem sido objeto de enorme preocupação mundial, em virtude do desmonte da governança ambiental, mediante o enfraquecimento dos órgãos de fiscalização e, ao mesmo tempo, o avanço indiscriminado das agressões ao meio ambiente, sobretudo à floresta amazônica.
Estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que o desmatamento em 2019 aumentou 85% comparativamente a 2018. Em um ano, praticamente dobrou a devastação da floresta.
Nos primeiros quatro meses de 2020, foram desmatados 1.202 km2 de floresta amazônica – área correspondente a duas vezes a cidade de Santiago do Chile, representando 55% de todo o desmatamento promovido em 2019. Isso indica que 2020 será um marco deplorável na devastação irresponsável da floresta amazônica.