No dia 26 de Dezembro de 1929, o plenário da Câmara dos Deputados, à época funcionando no Rio de Janeiro, foi tingido de sangue, quando o deputado federal pelo estado de Pernambuco foi assassinado a tiros de arma de fogo pelo deputado gaúcho Ildefonso Simões Lopes, da oposição.
Simões Lopes defendia seu filho da ameaça de ser apunhalado pelo congressista pernambucano, em plena Câmara dos Deputados do Brasil. Anteriormente houve uma discussão entre estes dois deputados, com a intervenção do filho de Simões Lopes, que deu um golpe de bengala nas costas do deputado pernambucano, em defesa de seu pai.
Em meio a confusões e agressões no Congresso Nacional, como troca de ofensas, empurrões, socos e até cusparada, o Parlamento brasileiro já foi palco de troca de tiros e até mortes, em 196 anos de existência.
Em 8 de junho de 1967, os deputados Nelson Carneiro e Estácio Souto Maior, pai do piloto Nelson Piquet, sacaram suas armas e trocaram tiros na Câmara dos Deputados. A causa da briga foi a presidência da União Interparlamentar, organismo de cooperação internacional entre congressistas. Souto Maior deu um tapa em Nelson, que revidou mais tarde, em frente à agência do Banco do Brasil, no salão inferior da Câmara. Com um revólver calibre 38, Nelson Carneiro baleou Estácio Souto Maior, que mesmo atingido pelo tiro, conseguiu revidar o disparo.
Quatro anos antes, no dia quatro de dezembro de 1963, o senador Arnon de Mello, pai do atual senador e ex-presidente Fernando Collor, atirou contra o também senador Silvestre Péricles. Apesar dos seus 67 anos na época, Silvestre Péricles deitou-se no chão e desviou dos disparos. Um dos tiros acertou o abdome do senador José Kairala, que morreu horas depois no então Hospital Distrital de Brasília (atual Hospital de Base). Tudo teve início devido a uma rixa regional, já que os dois (Collor e Péricles) eram alagoanos. Péricles Silvestre andava armado e jurou Arnon de Mello de morte. O pai de Fernando Collor reagiu às ameaças, e durante um discurso no Senado, atirou contra Péricles Silvestre.
O senador Arnon de Melo atirou duas vezes errando o alvo, porém acertou outro colega que não tinha nada a ver com a briga dos dois, José Kairala, do Acre, que era suplente e estava exercendo o mandato de senador há 6 meses e no dia seguinte devolveria o cargo ao titular. Kairala morreu e os dois valentões foram absolvidos pela Justiça.