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Dois dias separam morte de Hitler e Mussolini, piores sanguinários do mundo

Foi entre 28 e 30 de abril de 1945, com o fim da Guerra, que o mundo se viu livre dos dois sanguinários ditadores

A Europa viveu décadas trágicas entre os anos 1920 e 1945, com a Itália e a Alemanha sendo governada por dois tirânicos ditadores, Benito Mussolini e Adolf Hitler, principais comandantes responsáveis pela expansão e domínio do Fascismo italiano e do Nazismo alemão. Gigantescas atrocidades foram praticadas pelos dois, como a morte de milhares e milhares de judeus, deficientes, homossexuais e ciganos, a mando de Hitler e a implantação dos campos de concentração, de extermínio, durante a Segunda Guerra Mundial, onde milhares foram mortos nas câmeras de gás.

E foi entre 28 e 30 de abril de 1945, com o fim da Guerra, que o mundo se viu livre dos dois sanguinários ditadores. O primeiro, Mussolini, que em 1943 havia se escondido dentro de seu próprio país, foi finalmente capturado, arrastado pela multidão nas ruas de Roma e morto a tiros de fuzil, junto com sua amante Claretta Petacci.

Dois dias separam morte de Hitler e Mussolini, piores sanguinários do mundo - Imagem: Reprodução

O ditador Benito Mussolini teve um fim infame que pode não ter chegado nem perto do terror de suas ações ao longo de sua trajetória no governo da Itália. Em 28 de abril de 1945, há exatos 76 anos, o italiano foi linchado pelo povo para o qual governou, morto, e seu cadáver foi exposto em praça pública. O mundo pode, então, livrar-se dos dois mais sanguinários ditadores da história do mundo, com a diferença de apenas dois dias entre um e outro. A bala que matou Hitler, por suas próprias mãos, é considerada por historiadores como o tiro mais importante da humanidade.

O fim veio após tornar-se um fugitivo em seu próprio país, a partir do avanço das tropas aliadas sobre a Itália desde 1943. Tentando escapar de seu final trágico, ele foi resgatado pelo exército nazista enquanto estava preso e logo foi levado ao norte do país. Lá, ele criou a República de Salò, uma tentativa de resistência que falhou.

Dois dias depois, em 30 de Abril de 1945, Hitler, que havia se confinado no bunker da chacelaria alemã de Berlim, junto com sua mulhe Eva Braun ( antiga amante com havia se casado semana antes), matou-se com um tiro de pistola na cabeça, antes disso matando a própria mulher.

Ninguém parece ter ouvido, naquele 30 de abril de 1945, pouco antes das 16h, o tiro mais importante da Segunda Guerra Mundial. Mas quando seus capangas abriram precavidamente a porta de seu apartamento para dar uma olhada, Hitler jazia em um sofá, morto com um buraco do tamanho de uma moeda pequena na têmpora direita. Por sua face corria um fio de sangue que tinha formado no tapete um charco das dimensões de um prato. Uma das mãos do líder nazista descansava sobre seu joelho com a palma virada para cima, e a outra pendia inerte. Junto ao pé direito de Hitler havia uma pistola Walther calibre 7,65 mm, a sua, com a qual disparou contra si mesmo, e ao lado do pé esquerdo outra, do mesmo modelo, mas de calibre 6,35 mm, sem usar. Hitler vestia a túnica do seu uniforme, uma camisa branca com gravata preta e calças pretas. No mesmo sofá estava sentada, também morta, envenenada com cianureto, sua esposa desde a véspera, Eva Braun, com as pernas encolhidas e os lábios apertados. O quarto tinha um intenso cheiro de pólvora. A notícia correu rapidamente pelo bunker da Chancelaria, de SS para SS: “Der Chef ist tot”, o Chefe está morto.

Ainda hoje, passados 77 anos da morte dos dois sanguinários, e mesmo diante das incontestáveis provas de suas atrocidades, ainda estão vivos movimentos de restauração do nazifascismo em várias várias partes do mundo.

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