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Em pleno Carnaval, Rio de Janeiro celebra 457 anos de fundação

Conhecida mundialmente como uma das mais belas cidades do planeta, pelas paisagens naturais e pelo caloroso e festivo povo carioca

O Rio de Janeiro é o aniversariante deste 1º de março. Conhecida mundialmente como uma das mais belas cidades do planeta, pelas paisagens naturais e pelo caloroso e festivo povo carioca, Rio de Janeiro foi fundado em 1º de março de 1565, por Estácio de Sá, sendo batizada como São Sebastião do Rio de Janeiro. Hoje são decorridos 457 anos e por toda a cidade ocorrerão eventos festivos, até porque este aniversário de hoje coincide com com a celebração do Carnaval, um dos festejos que têm a cara da cidade, por suas escolas de samba, pela rica produção de sambas-enredo, pela existência de centenas de blocos tradicionais e pela presença constante da ironia e da irreverência que o carioca demonstra ao longo da história.

A Praia de Botafogo, um dos bairros mais tradicionais e queridos da cidade, ostenta o Monumento a Estácio de Sá, que se ilumina para receber as referências da população.

Outro bairro dois mais tradicionais do Rio é o Flamengo. As origens do bairro remontam ao período da “descoberta” da Baía de Guanabara. O primeiro sinal de urbanização do local foi uma estrada construída no século XVII para levar a produção de açúcar ao Porto do Rio. Mas foi com a abertura da Avenida Beira-Mar que a região se modernizou e o Flamengo ganhou prédios. A avenida, que ia da Rio Branco a Botafogo, era considerada, na inauguração, um dos lugares mais bonitos do mundo.

Em pleno Carnaval, Rio de Janeiro celebra 457 anos de fundação - Foto: Pedro Kirilos/Riotur 

Nos anos de 1950, com a construção do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial e do Museu de Arte Moderna, e nos anos de 1960, com a consolidação do Parque do Flamengo, o bairro ganhou as formas e o charme que tem até hoje.

A cidade é mencionada oficialmente pela primeira vez quando a segunda expedição exploratória portuguesa, comandada por Gaspar lemos, chegou em janeiro de 1502, à baía, que o navegador supôs, compreensivelmente, ser a foz de um rio, por conseguinte, dando o nome à região do Rio de Janeiro.

Porém, só em 1530 a corte portuguesa mandou uma expedição para colonizar a área, em vez de continuar usando-a simplesmente como uma parada em suas aventuras marítimas. Os franceses, por outro lado, tinham estado no Rio de Janeiro e arredores desde o começo do século e estavam dispostos a lutar pelo domínio da região. Em 1560, depois de uma série de escaramuças, os portuguese expulsaram os franceses.

O começo da cidade como tal foi no Morro de São Januário, mais tarde conhecido como Morro do Castelo, e depois na Praça Quinze até hoje centro vital do Rio.

O Rio de Janeiro desenvolveu-se graças à sua vocação natural como porto. Na mesma época em que ouro foi descoberto no Estado de Minas Gerais, no final do século XVII, o Governador do Brasil foi feito Vice-rei. Salvador era capital da colônia, mas a importância crescente do porto do Rio garantiu a transferência da sede do poder para o sul, para a cidade que se tornaria, e ainda é, o centro intelectual e cultural do país.

Em 1808 a família real portuguesa veio para o Rio de Janeiro, refúgio escolhido diante da ameaça de invasão napoleônica. Quando a família real voltou para Portugal e a independência do Brasil foi declarada em 1822, as minas de ouro já haviam sido exauridas e dado lugar a uma outra riqueza: o café.

O crescimento continuou durante quase todo o século XIX, inicialmente na direção norte, para São Cristóvão e Tijuca, e depois na direção da zona sul, passando pela Glória, pelo Flamengo e por Botafogo. Em 1889, a capital do Império assistiu à queda da monarquia. As mudanças políticas seguiram as diretrizes capitalistas. A transição da Monarquia para a República começa em 1889 e só acaba, efetivamente, em 1930. A cidade, com a Proclamação da República, torna-se a capital federal.

No começo do século XX surgiram as ruas largas e construções imponentes, a maioria no estilo francês fin-de-siècle. O Rio de Janeiro manteve sua posição até a inauguração de Brasília como capital da república em 1960. Capital do Estado do Rio de Janeiro, a cidade continua sendo o centro social e cultural do país.

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