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Há 20 anos, Brasil perdia Mário Lago, artista completo e inesquecível

Nascido no Rio de Janeiro no dia 26 de novembro de 1911, Mário Lago faleceu em 30 de maio de 2002

Há 20 anos, o Brasil perdia um dos seus mais brilhantes atores, escritor, poeta, radialista, compositor e advogado, Mário Lago, um intelectual de grande dimensão, que enriqueceu o teatro e a televisão com desempenhos notáveis.

Nascido no Rio de Janeiro no dia 26 de novembro de 1911, Mário Lago faleceu em 30 de maio de 2002. Desde cedo dedicou-se às letras, publicou seu primeiro poema aos 15 anos. Formou-se em Direito em 1933, exercendo a profissão por poucos meses. Foi casado com Zeli com quem teve sete filhos.

Entre as inúmeras que compôs, mais famosas foram "Ai que Saudades da Amélia" e "Atire a Primeira Pedra", feitas em parceria com Ataúlfo Alves. A marcha carnavalesca "Aurora" que ficou famosa na voz de Carmem Miranda foi feita em parceria com Roberto Roberti e "Nada Além" feita em parceria com Custódio Mesquita famosa na voz de Orlando Silva. Atuou em várias novelas, entre elas, "O Casarão", "Pecado Capital" e "Brilhante". Participou de peças de teatro e filmes como "Terra em Transe" de Glauber Rocha. Militante político foi preso várias vezes.

Há 20 anos, Brasil perdia Mário Lago, artista completo e inesquecível - Foto: Reprodução/Internet

Militante político do antigo Partido Comunista Brasileiro, foi amigo de Oscar Niemeyer e de Luís Carlos Prestes, a quem homenageou com o nome de um filho. Sua estreia como letrista de música popular foi com "Menina, Eu Sei de uma Coisa", em parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação do fox "Nada Além", da mesma dupla de autores. Entre suas músicas mais célebres estão "Ai que Saudades da Amélia" e "Atire a Primeira Pedra", ambas interpretadas por Ataúlfo Alves, "É Tão Gostoso, Seu Moço", com Chocolate, que ficou conhecida na voz de Nora Ney, "Número Um" com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, famosa na interpretação de Carmem Miranda e "Amélia", com seus versos: "Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia é que era mulher de verdade", que ficou tão popular que o termo se tornou sinônimo de mulher submissa, dedicada aos trabalhos domésticos e que não reclama.

Há 20 anos, Brasil perdia Mário Lago, artista completo e inesquecível - Foto: Reprodução/Internet

Mário Lago ficou conhecido do grande público graças a seu trabalho como ator. Desde a época das novelas de rádio até a televisão, onde participou de novelas: "Casarão", "Pecado Capital" e "Brilhante", entre muitas outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha. É autor dos livros "Na Rolança do Tempo" (1976), "Bagaço de Beira-Estrada" (1977) e "Meia Porção de Sarapatel" (1986). Foi biografado por Mônica Velloso em 1998 no livro "Mário Lago: Boêmia e Política".

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