Faz hoje 40 anos que Brasília assistia a uma grande novidade, bastante promissora para o mercado nacional, especialmente para a indústria automobilística e para os produtores de cana-de-açucar: circula na Capital da República o primeiro ônibus movido a álcool anidro e óleo de mamona. O fato serviu de propaganda para o Programa Nacional do Álcool, lançado em 1967 pelo Regime Militar, chefiado pelo Presidente Ernesto Geisel.
Nesse mesmo ano de 1979 a indústria automobilística brasileira começa a produzir o modelo de carro exclusivamente a álcool, diferentemente do automóvel flex de hoje em dia, que se abastece de gasolina ou etanol. O ápice da produção de álcool combustível no Brasil foi o ano de 1986, quando mais de 90% dos carros brasileiros eram movidos a álcool.
Isso era absolutamente compensador, pois o preço do litro do álcool era menos de 50% do valor da gasolina.
Nos anos 1990, o índice de carros a álcool saindo de fábrica caiu drasticamente, para pouco mais de 1%, e a demanda por etanol passou a resumir aos carros antigos. O mercado de álcool combustível volta a crescer a partir de 2003, quando a indústria automobilística passa a fabricar os carros flex, que pode circular com qualquer mistura de álcool ou gasolina.
A circulação de ônibus movido a álcool, celebrada com festa em Brasília em 1979, levou anos para entrar na programação dos fabricantes e dos transportadores. Somente agora, a partir dos anos 2007, algumas cidades brasileiras, como São Paulo, Brasília e Curitiba, passaram a fazer experiências, em frota, com carros movidos a etanol e outros combustíveis menos poluentes que o tradicional Diesel.