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Há 64 anos era aplicada a primeira vacina contra a poliomielite

Existem dois tipos de vacinas contra a pólio.

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A primeira vacina contra a poliomielite (popularmente conhecida como paralisia infantil), foi a vacina inativada desenvolvida por Jonas Salk e entrou em uso no dia 5 de fevereiro de 1955, há 64 anos. A vacina oral contra a pólio foi desenvolvida por Albert Sabin e entrou em uso comercial no ano de 1961. As vacinas estão na lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde e têm sido cruciais na luta pela diminuição de mortes e sequelas, não apenas da poliomielite, mas de várias outras doenças.

As vacinas são medicamentos eficazes, seguros e cada vez mais necessários ao sistema de saúde pública. Existem dois tipos de vacinas contra a pólio. Uma que usa vírus inativado, e é adminstrada por injeção (IPV) , e a que usa o vírus enfraquecido e é dada via oral (OPV). A Organização Mundial de Saúde recomenda quer todas as crianças sejam totalmente imunizadas contra a pólio, por meio da vacina.

A aplicação das duas vacinas foi responsável pela eliminação da doença na maior parte do mundo. Basta ver que a redução dos casos notificados da doença tem obtido índices vitoriosos, a saber: em 1988 havia uma estimativa de 350 mil casos da doença no mundo; em 2016, verificou-se apenas 37 incidências, estas creditadas a negligência.

O Brasil teve 26 mil casos de pólio entre 1968 e 1989, mas graças ao programa consistente de vacinação não registra casos há 30 anos.

Reprodução: Internet

O que é?

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos. O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias sendo, em geral, de sete a doze dias. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe - febre e dor de garganta - ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarréia. Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.

Reprodução: Internet

Transmissão

Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra. A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença. O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo (boca, garganta e intestinos). Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso, dependendo da pessoa infectada. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral. A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.

Prevenção

A poliomielite não tem tratamento específico. A doença deve ser evitada tanto através da vacinação contra poliomielite como de medidas preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças numa mesma habitação também são fatores que favorecem a transmissão da poliomielite. Logo, programas de saneamento básico são essenciais para a prevenção da doença. No Brasil, a vacina é dada rotineiramente nos postos da rede municipal de saúde e durante as campanhas nacionais de vacinação. A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos dois, quatro e seis meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre quatro e seis anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas.

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