Em 8 de março de 1857, as operárias da fábrica de tecidos Cotton de Nova York, EUA, declararam greve contra as condições sub-humanas de trabalho a que eram submetidas. Ela trabalhavam de 14 a 16 horas diárias, recebiam um ínfimo salário, as condições de salubridade eram precárias, não havia nenhuma lei que as protegesse no tempo de gravidez e de parto.
As operárias davam a luz, muitas vezes no interior da própria fábrica, adquiriam tuberculose e morriam em média aos 30 anos. Começaram então uma luta contra tudo isso pedindo uma jornada de trabalho de 10 horas.
Não sendo atendidas em suas reivindicações, entraram em greve e permaneceram na fábrica.
Infelizmente, o dono da fábrica, junto com a polícia, fechou as portas e ateou fogo ao edifício onde se encontravam 129 mulheres que morreram queimadas.
A importância desta manifestação, e o seu dramático desfecho sensibilizam pessoas em todo o mundo, mulheres e homens que lutam pelos seus direitos. Para que este fato não fosse esquecido e para que alimentasse uma luta justa e digna foi instituído o dia 8 de março - Dia Internacional da Mulher – por iniciativa de uma mulher, Clara Zetkin, no primeiro Congresso Internacional de Mulheres realizado em 1910, na Noruega.
Vale lembrar que se encontravam nos teares, na ocasião da tragédia, fios da cor lilás. Por isso, essa cor tornou-se o símbolo da luta pelos direitos das mulheres.